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11/12/2012 - 11h20

Tecnologia de cristal líquido evolui para continuar forte no mercado de telas

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DA REUTERS, EM SEUL

Tudo indicava que o LCD (painel de cristal líquido, na sigla em inglês) fosse morrer aos poucos e dar lugar ao Oled, tecnologia que garante telas mais leves, finas e resistentes em toda sorte de aparelhos, de smartphone a televisão.

Mas o LCD não só está resistindo firme como está com uma imagem cada vez melhor. Ao mesmo tempo, os principais fabricantes de Oled, de espessura semelhante à de um cartão de crédito, vêm tendo dificuldades para baratear a tecnologia e produzi-la em massa.

Divulgação
Sharp PRO-60X5FD: TV de LCD
Sharp PRO-60X5FD: TV de LCD

Samsung Electronics e LG Electronics, líderes no segmento Oled, este ano apresentaram televisores Oled com telas de 55 polegadas, mas o preço de US$ 10 mil--10 vezes superior ao do LCD-- empaca a popularização dos aparelhos.

As telas Oled, usadas nos smartphones Galaxy S e Galaxy Note, apareceram como sucessoras do LCD em todo os tipos de produtos eletrônicos. Além de consumirem menos energia e terem imagens de maior contraste que as de LCD, podem tornar os celulares que estão por vir quase inquebráveis, porque são finas e maleáveis como um papel.

No entanto, fabricantes de Oled --como a Samsung Display e a LG Display-- ainda não resolveram os principais desafios tecnológicos para reduzir de custos e assim concorrer melhor contra o LCD.

A tecnologia LCD, presente em 90% dos televisores, continua a evoluir e não mostra sinal de que deixará a briga pelo posto de padrão mundial. Isso acontece menos de uma década após praticamente ter liquidado as telas de plasma.

Divulgação
Droid DNA, da HTC: smartphone que tem uma das telas de LCD mais nítidas entre celulares
Droid DNA, da HTC: smartphone que tem uma das telas de LCD mais nítidas entre celulares

"O Oled ainda tem um longo caminho à frente para se popularizar, já que precisa ficar maior e melhorar a imagem", opiniou Chung Won-seok, analista da HI Investment & Securities. "O uso de Oled continuará limitado às telas de pequeno porte por mais três anos, pelo menos. A presença em televisores de preço acessível só será possível de 2014 em diante, mas mesmo assim haverá o risco de acirrada concorrência com LCD, tecnologia que continua a melhorar", acrescentou.

A consultoria DisplaySearch prevê que serão precisos mais quatro anos para que o Oled tenha 10% do mercado mundial de telas.

GUERRA DE PIXELS

As telas LCD agora oferecem maior qualidade de imagem --até quatro vezes superior à das telas Oled-- e consumo mais baixo de energia, o que gera grande demanda de parte dos fabricantes de smartphones e tablets.

A Apple mudou os padrões do mercado ao adotar telas de resolução mais alta no iPhone e iPad, que continuam a ser a referência de LCD no mercado e obrigaram os concorrentes a melhorar suas respectivas telas.

Analistas da Macquarie preveem que a Apple adotará telas de alta resolução no MacBook Air e no iMac no ano que vem, acelerando a adoção de telas superiores no setor.

"É só questão de tempo até que fabricantes de notebooks de primeira linha, como a Sony, Toshiba e Samsung, adotem telas de alta resolução para concorrer com o MacBook", escreveu Henry Kim, analista da Macquarie, em recente nota a clientes.

Os concorrentes estão atentos: a HTC lançou o smartphone Droid DNA com uma tela de 440 ppi, a mais nítida de um produto desse tipo, bem superior aos 264 ppi do iPad e aos 326 ppi do iPhone 5. O Samsung Galaxy S 3 tem tela Oled com resolução de 306 ppi.

"A guerra dos pixels é excelente para os fabricantes de LCD", disse Kim Byung-ki, analista da Kiwon Securities. "Fabricantes como a LG Display, Samsung, Sharp, AU Optronics e Chimei (Innolux) vão todos se voltar para produtos de maior qualidade, e isso restringirá a oferta e elevará a lucratividade", acrescentou.

 

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