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14/01/2013 - 18h45

Internet homenageia o ativista Aaron Swartz, defensor da liberdade da informação

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DA FRANCE-PRESSE, EM WASHINGTON

O mundo da internet homenageia o hacker e ativista Aaron Swartz, gênio da informática e cofundador da rede social Reddit, que se suicidou aos 26 anos e cuja morte é atribuída em parte à pressão da justiça americana, segundo seus amigos e parentes.

"Adeus a Aaron Swartz, hacker e extraordinário militante", publicou neste domingo em sua página na internet a Electronic Frontier Foundation, associação em defesa dos direitos no mundo digital, saudando a memória de seu "amigo e colaborador".

Cofundador da popular rede social de informação Reddit e militante em favor do acesso livre à internet, Swartz foi encontrado enforcado na noite de sexta-feira (11) em sua casa no Brooklyn, segundo os serviços médicos de Nova York.

Noah Berger/Reuters
Aaron Swartz em San Francisco, em 2008; o ativista suicidou-se em 11 de janeiro, com 26 anos
Aaron Swartz em San Francisco, em 2008; o ativista suicidou-se em 11 de janeiro, com 26 anos

Swartz também ajudou a criar, aos 14 anos, a tecnologia para publicação de conteúdo on-line RSS.

Ele enfrentava um julgamento por acusações de roubo de milhões de artigos científicos do serviço por assinatura JSTOR e poderia ser condenado a 35 anos de prisão e multas de cerca de US$ 1 milhão.

A família e os amigos do militante morto acusam a Justiça e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), que abriu a denúncia, de serem os responsáveis, em parte, pelo suicídio do jovem.

Um de seus amigos, Larry Lessig, escreveu que "Aaron não fez nada em sua vida para 'ganhar dinheiro' (...), trabalhava apenas e somente pelo bem público. Era brilhante e engraçado. Um garoto genial".

Há dois anos, o FBI abriu uma investigação contra o jovem, que havia publicado gratuitamente documentos da corte federal americana.

Amigos, no entanto, lembram que o rapaz sofria de depressão e, em 2007, Swartz falou publicamente sobre a ideia de suicídio, destacou no domingo o jornal "The New York Times".

"Sair, respirar um pouco de ar puro, abraçar alguém querido e não se sentir melhor, pior ainda, se sentir incapaz de compartilhar a alegria dos demais. Tudo está cheio de tristeza", escreveu em seu blog na época.

 

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