Só 8% dos internautas clicam em links patrocinados, diz pesquisa
Pesquisa realizada pela consultoria WBI Brasil mostra que os resultados espontâneos ganham de longe dos links patrocinados na preferência dos usuários dos mecanismos de busca.
A pesquisa aponta que 92,16% das pessoas que utilizam a ferramenta clicam nos resultados espontâneos, enquanto apenas 7,8% preferem clicar em links patrocinados.
Os links patrocinados são o grande filão de negócios para empresas de internet, como o Google. O sistema permite que uma empresa de carros apareça em uma seção de links patrocinados toda vez que o internauta fizer uma busca por automóveis, por exemplo. A cobrança por este espaço está ligada à quantidade de cliques recebidos pelos anunciantes.
"A qualidade do resultado espontâneo faz com que o link patrocinado não tenha tanta projeção como acontece em outros países", explica o diretor de marketing digital da WBI Brasil, Paulo Kendzerski. "O resultado espontâneo é natural, tem mais credibilidade do que os links patrocionados pelo fato de que ninguém pagou para ele estar ali", completa.
Para ele, as empresas devem buscar se posicionar de forma correta nos mecanismos de buscas. "É preciso ter mais atenção ao desenvolver suas páginas para que elas apareçam nos resultados espontâneos. Publicidades são invasivas, ninguém pega um jornal para ver propagandas", exemplifica Kendzerski.
Esquina virtual
Para o diretor da WBI Brasil, os mecanismos de buscas são "esquinas virtuais" em que "todo mundo passa por eles".
A afirmação de Kendzerski é comprovada pelo resultado da pesquisa quando comparado com resultados anteriores. Em 2004, 98,83% dos internautas usavam algum mecanismo de busca nas pesquisas.
Em 2005, a adesão subiu para 98,93%, em 2006 para 99,41%, e em 2007, 100% dos usuários confirmam fazer uso de algum mecanismo de busca para achar o que procuram.
Preferência
A pesquisa também aponta o Google como o preferido entre os mecanismos de busca, acessado por 92,94% dos usuários que procuram por produtos e serviços, seguido do Yahoo/Cadê, com 0,4% e do Altavista, com 0,2% da preferência.
"O Google já surgiu como um mecanismo de segunda geração, a qualidade da resposta é mais direcionada para o que o usuário está procurando, enquanto outros buscadores funcionavam como catálogos, relacionando seus resultados em ordem alfabética", diz Kendzerski.
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