Snapchat recusou a oferta de US$ 3 bi do Facebook por ser único no mercado, diz jornal
Por que um executivo de 23 anos de idade, criador de um aplicativo de mensagens que não gera renda e tem alta concorrência, rejeitou uma oferta compra de US$ 3 bilhões feita pelo Facebook?
Even Spiegel, cofundador do Snapchat, disse que só avaliará propostas de aquisição a partir de 2014 --mesmo que o valor oferecido tenha sido o triplo da cifra paga pelo Facebook ao Instagram (US$ 1 bilhão) no ano passado.
O "Wall Street Journal", que revelou a proposta da maior rede social do mundo pelo Snapchat nesta quarta-feira, disse que o app é único no mercado. O app fica na intersecção de vários temas importantes: celulares, mensagens, fotografias e jovens, todos pontos chave para o futuro das redes sociais.
A função pode ser especialmente importante para os usuários mais jovens, que cresceram junto com as mídias sociais.
No mês passado, David Ebersman, diretor financeiro do Facebook, reconheceu que a rede está perdendo jovens usuários --os mesmos que mais utilizam o Snapchat, um dos pioneiros no ramo de mensagens temporárias, recurso que reduz a pressão para compartilhar e prioriza a privacidade, o inverso do que o Facebook é hoje.
Apesar de ainda não gerar receita, é grande o potencial de uma comunidade muito ativa como a do Snapchat, segundo o jornal, o que poderia tornar o programa em algo maior e mais importante.
Os snaps enviados diariamente dobraram em poucos meses (hoje o número é de cerca de 350 milhões), o que significa que além de atrair mais usuários, os atuais membros enviam cada vez mais mensagens.
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