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07/06/2010 - 11h29

Mercado põe em dúvida inovação do iPhone 4G

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GABRIEL MADWAY
DA REUTERS, EM SAN FRANCISCO

A nova geração do iPhone terá que apresentar recursos capazes de criar novos padrões em conteúdo e funcionalidade multimídia para impressionar o mercado e os consumidores na segunda-feira, quando espera-se que o presidente da Apple, Steve Jobs, faça o lançamento do aparelho.

O desafio para a Apple será conseguir criar novidades realmente revolucionárias, uma vez que o iPhone já é um inigualável sucesso de vendas e principal gerador de lucro para a empresa, que tem ações oscilando próximo de nível recorde. O que torna a situação ainda mais difícil é o bem sucedido lançamento do iPad, que muitos afirmam ter criado um novo mercado.

A crescente concorrência de diversos smartphones lançados com o sistema operacional do Google, Android, também aumenta a pressão sobra a Apple para fazer um lançamento realmente inovador.

O "iPhone 4.0 deixará eles na dianteira do jogo. Será tão fácil manter a liderança quanto foi no ano passado? Não. Acho que o Android tem passado por enorme progresso", disse a analista Carolina Milanesi, da empresa de pesquisa Gartner.

Até o ano passado, apenas a RIM era considerada como principal rival da Apple. Embora o BlackBerry seja o smartphone preferido entre muitas empresas, a Apple tem conquistado espaço no mercado corporativo ao passo que as preocupações com segurança no aparelho foram se reduzindo.

Mais de 70% das cem maiores companhias do mundo (Fortune 100) já usam ou testaram o iPhone, segundo a Apple.

Mas o principal foco, por enquanto, continua sendo o consumidor, em um mercado cada vez mais competitivo frente à concorrência de Androids da HTC, Motorola e Samsung.

No longo prazo, investidores focam mais na expansão do iPhone em mercados internacionais como a China, além da estratégia de preços da Apple e quando o aparelho será disponibilizado através de outras operadoras nos EUA. Atualmente, o aparelho funciona apenas pela rede da AT&T.

Jobs subirá no palco da conferência de programadores da Apple, em San Francisco, na segunda-feira, dia em que deve revelar o novo modelo, de acordo com a expectativa de Wall Street.

O novo iPhone deve ser mais rápido que versões antigas, além de contar com uma maior capacidade de armazenamento e apresentar melhorias na tela e bateria, além de uma câmera frontal e recursos multitarefa. São melhorias que os usuários pedem há tempos, mas não são muito inovadores.

"Haverá coisas bem legais no palco de Steve [Jobs], mas no final do dia já sabemos o que vão ser no geral", disse o analista da Broadpoint, Brian Marshall.

COMPETIÇÃO CRESCENTE

O iPhone, lançado em 2007, praticamente criou a indústria moderna do smartphone. O padrão inaugurado pelo aparelho, retangular de cerca de 4 polegadas com interface sensível a toques e com acesso a milhares de aplicativos se tornou comum aos celulares capazes de navegar pela internet.

Mas o mercado se encheu de competidores desde então, particularmente de modelos baseados no Android.

"O Android é o único real desafiante ao trono", disse Ashok Kumar, analista da Rodman & Renshaw.

"A posição da Nokia continua a enfraquecer, a RIM ainda precisa conquistar o lado do consumidor e a Microsoft pode acabar se tornando muito pequena", acrescentou.

O sistema operacional Symbian da Nokia é líder global a RIM tem a segunda plataforma, mas ambos estão perdendo participação de mercado, segundo dados da Gartner.

Enquanto isso, a participação global do iPhone cresceu para mais de 15% no primeiro trimestre, assumindo a terceira colocação. O Android ficou em quarto, com cerca de 10%

O iPhone está disponível em cerca de 90 países e em mais de 150 operadoras celulares. A Apple vendeu 8,75 milhões de unidades do produto no último trimestre, cerca de 40% do faturamento da empresa e com margens de aproximadamente 60%.

Muitos especialistas duvidam que haverá qualquer anúncio surpresa na segunda-feira, mas como a Apple nunca se sabe. Os rumores incluem uma versão web da iTunes e uma nova versão da Apple TV.

 

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