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Ex-criminoso virtual revela táticas usadas por hackers
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DA EFE
O ex-hacker americano Kevin Mitnick, que foi um dos piratas virtuais mais famosos do mundo, revelou hoje em uma conferência apresentada no Campus Party da Cidade do México algumas das debilidades dos sistemas de computadores e das empresas.
Mitnick ficou conhecido ao redor do mundo em 1995, depois de ter sido acusado de entrar no sistema do Governo dos Estados Unidos. Ele ficou cinco anos na prisão e agora dirige uma empresa de consultoria em segurança informática.
No quarto dia da Campus Party da Cidade do México e diante de milhares de espectadores, Mitnick usou três computadores para revelar as maneiras "mais fáceis" empregadas pelos hackers para violar um sistema operacional.
Abusar da incapacidade das pessoas para dizer "não" diante de um pedido ou oferecer ajuda para mudar a senha de uma conta de e-mail, enviar um simples e-mail, fazer um telefonema para uma empresa, enviar uma mensagem de texto por celular ou um arquivo anexo, são algumas das ferramentas mais eficazes para obter informações de uma pessoa ou empresa, explicou.
Também destacou outras técnicas mais sofisticadas, como inserir na memória flash ou USB um vírus e depois deixá-lo esquecido em uma área pública para que alguma pessoa o abra por curiosidade e o insira em seu computador infectando-o e dando assim acesso a todo o seu sistema.
Mitnick relatou a ocasião em que em 1993 conseguiu, com várias ligações telefônicas, obter o código fonte de um telefone Motorola, fazendo-se passar por um empregado dessa empresa e falando com uma empregada dessa multinacional americana.
O especialista explicou que as empresas investem muito tempo elaborando complicados protocolos de segurança que não servem, e exigem que seus empregados usem complexas contra-senhas para ingressar em seus sistemas.
No entanto, "o que as pessoas fazem? Escrevem (a contra-senha) em um papel e colam na tela de seu computador ou, os mais astutos, a escondem debaixo do teclado", disse.
No encerramento da conferência confessou que o que o levou a se transformar em um hacker, atividade que abandonou há anos, "não foi o gosto de causar danos ou ganhar dinheiro, mas a curiosidade, o talento, a aventura e, sobretudo, a paixão pela tecnologia".
Atualmente, Mitnick é assessor de segurança e escreve um livro autobiográfico que será publicado em breve.
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