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24/10/2010 - 10h22

Vírus é apontado como causa de acidente aéreo

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BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É possível um vírus de computador ou um ataque por hackers derrubar um avião? Quando se fala em guerra cibernética, é impossível não tocar na questão --dada a atração que terroristas têm por aeronaves.

No dia 20 de agosto de 2008, o voo 5022 da Spanair tinha como destino final as ilhas de Gran Canaria. Mas, ao decolar no aeroporto de Barajas, em Madri, ele teve problemas. Resultado: 154 mortos, entre eles um brasileiro, e 18 feridos.

Dois anos depois, o jornal "El País" levantou a hipótese de que a causa do acidente tenha sido um vírus em um computador de manutenção --mesmo com o relatório final ainda não concluído.

Nem se discute se houve ataque terrorista. O que chama atenção nisso é a possibilidade da ação de um malware contra um avião.
¦Segundo especialistas em aviação e empresas de segurança ouvidos pela Folha, em teoria isso pode acontecer. Porém os rigorosos processos aos quais os softwares usados na aviação são submetidos tornam quase impossíveis as chances de um desastre por pragas virtuais.

Joacy Freitas, especialista em segurança de software de aviões, diz que não vê como os computadores a bordo poderiam ser contaminados, especialmente em voo.

Ele explica que aviões não recebem dados externos quando estão no ar (apenas enviam), não usam sistemas operacionais convencionais e não possuem portas de conexão (como entradas USB).

Além disso, os softwares usados em uma aeronave são divididos em cinco grupos com diferentes níveis de importância que não se comunicam entre si. É impossível, por exemplo, uma rede Wi-Fi para passageiros abrir o avião para pragas.

Freitas diz que se alguém em terra pudesse tentar infectar o avião, o software a bordo detectaria as alterações e ele nem decolaria.

MANUTENÇÃO

Entre os computadores que tratam de aviões, os que correm maior risco são os de manutenção, dizem os especialistas.

Mas, por si só, dificilmente um deles derrubaria um avião, que tem seus dados analisados por dois sistemas diferentes e independentes.

"Para acontecer alguma coisa, teria que ter pane em dois sistemas", diz o comandante Ronaldo Jenkins de Lemos, coordenador da comissão de segurança de voo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.

 

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