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07/11/2010 - 13h38

Fragmentação assombra o Android

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RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO

Se você comprar hoje um celular novinho com Android, é bastante provável que ele já esteja defasado -ou seja, com uma versão antiga do sistema operacional móvel do Google.

Pior: talvez não haja perspectiva nenhuma de atualização para uma versão mais nova, que traria melhorias na velocidade do seu aparelho e lhe permitiria instalar programas mais modernos.

Esse problema do Android é conhecido como fragmentação, embora Andy Rubin, engenheiro do Google e líder de desenvolvimento do Android, tenha uma "palavra melhor" para isso: "legado", como disse em maio deste ano, durante uma conferência para desenvolvedores nos EUA.

A gênese do problema está no fato de o Android ser adotado por vários fabricantes e operadoras, que podem modificar o sistema com grande liberdade. Isso torna uma eventual atualização do sistema de um aparelho mais complexa, lenta ou mesmo improvável.

Se você somar a isso o inevitável ciclo de obsolescência no mundo da tecnologia -afinal, os fabricantes preferem que você compre um celular novo em vez de atualizar o sistema de seu aparelho atual-, chegará à desoladora constatação de que seu telefone com Android pode estar condenado eternamente a permanecer com a versão antiga com a qual nasceu.

Sempre disposto a espinafrar a concorrência, Steve Jobs, fundador da Apple, afirmou que é falaciosa a recorrente comparação entre o caráter aberto do Android e a natureza fechada do iPhone.

"O Android é muito fragmentado. São muitos fabricantes, que instalam interfaces de usuário proprietárias, e os usuários têm que se virar", afirmou ele em 18 de outubro, durante a apresentação de resultados financeiros da Apple. "Compare isso ao [ecossistema do] iPhone, em que todos os aparelhos funcionam do mesmo jeito".

A Motorola, que oferece uma vasta gama de aparelhos com Android no Brasil -alguns deles com versões antigas-, minimiza o problema da fragmentação.

Segundo Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da empresa no país, apenas 10% dos usuários do celular Milestone no Brasil atualizaram o sistema do aparelho da versão 2.0 para a 2.1. "E a concorrência até hoje não se posicionou se vai conseguir fazer upgrade para o 2.2 [versão mais recente], como a Motorola", afirma Vidigal.

A HTC, que também ostenta uma cartilha robusta de aparelhos com o sistema do Google nos EUA e na Europa, vende no Brasil apenas um aparelho com Android, o Magic, que vem com a versão 1.5, lançada no longínquo mês de abril de 2009.

A empresa foi procurada pela Folha para comentar essa situação, mas afirmou que nenhum de seus executivos estaria disponível para entrevista até a conclusão desta edição.

 

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