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Jogo virtual ensinará meninas a dizer "não" para relação sexual precoce
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DE SÃO PAULO
Cientistas da Universidade da Flórida Central (UFC) estão criando um jogo virtual para ensinar as meninas a dizerem "não" às relações sexuais precoces.
"Este é um jogo de computador como nenhum outro e que não se assemelha a nenhum dos existentes atualmente no mercado", afirmou à Agência Efe Anne Norris, professora de enfermagem, que trabalha no projeto junto com Charles Hughes, professor de ciências da computação da UFC em Orlando.
O jogo, que se encontra em sua fase final de produção, utilizará avatares e personagens virtuais que vão interagir com as meninas em cenários que simularão situações reais e comuns entre estudantes, como as salas de aulas, o ginásio e o refeitório.
"Estamos trabalhando com vários adolescentes, estudantes de escolas superiores do condado de Orange que estão muito familiarizados de como o jogo funciona e que apresentaram suas ideias", explicou Anne.
O jogo "contará com personagens especializados que poderão interagir em conversas reais com as meninas, dando a elas ferramentas poderosas para poder evitar cair em pressões e em relações sexuais, ao mesmo tempo em que podem manter a amizade com seu grupo sem que as julguem antiquadas", detalhou Anne.
Trata-se, portanto, de tecnologias combinadas que utilizarão personagens que serão as vozes dos avatares do jogo, que poderão ser moldados à personalidade e ao nível de cada jogadora.
"É uma combinação de inteligência artificial e humana, porque poderá ser personalizada às necessidades de cada menina ou adolescente. Se tudo fosse digital e computadorizado, como os jogos existentes atualmente, nosso jogo perderia o sentido", acrescentou Anne, que trabalha em projetos comunitários relacionados com a saúde das minorias no centro da Flórida.
O jogo não contém educação sexual e poderá ser utilizado em escolas, bibliotecas e também em instituições religiosas, disse.
"O vídeo dá às meninas recursos verbais para situações reais", ressaltou Anne.
Apesar de a taxa de gravidez entre as adolescentes latinas dos Estados Unidos ter registrado queda de 5% segundo dados de 2008 dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, este grupo engravida duas vezes mais que a média do país, pelo que 52% das americanas de origem hispânica têm filhos antes dos 20 anos.
O jogo será apresentado à comunidade a partir de fevereiro de 2011, finalizou Anne.
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