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07/05/2011 - 09h02

Grupo acadêmico brasileiro protesta contra o Google

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ALEXANDRE ORRICO
DE SÃO PAULO

Pesquisadores do Insert, grupo da Universidade Estadual do Ceará que pesquisa sobre segurança da informação, pretende chamar atenção para os supostos deslizes do Google no Brasil quando o assunto é privacidade.

O Google Street View, serviço de fotografia panorâmica oferecido como parte de seu sistema de mapas, o Google Maps, que permite uma visão em 360° de várias cidades do mundo, está cercado de controvérsias. No Brasil, apresentou fotografias de cadáveres, pessoas em relações sexuais e outras cenas.

Em maio do ano passado, em resposta a uma investigação das autoridades públicas alemãs, o Google reconheceu que a frota de veículos que utiliza para tirar fotos nas ruas tinha recolhido 600 Gbytes de informação de redes Wi-Fi não protegidas, incluindo "fragmentos" de e-mails e buscas de internet.

O Google disse que a coleta ocorreu por acidente. A empresa reiterou que a coleta se trata de um erro, mas que não cometeu "nada ilegal".

O artigo "Os impactos de privacidade em redes Wi-Fi e implicações penais no Brasil do caso Google Street View", apresentado no último dia 29, em Fortaleza, no IV Congresso Tecnológico da InfoBrasil 2011, é o pontapé inicial de uma denúncia pública que o grupo pretende fazer.

O documento questiona a versão do Google e diz que é impossível que a empresa tenha coletado os dados por mero descuido, uma vez que o software usado foi construído por encomenda.

"É incompreensível o fato de que o Google respondeu penalmente em todos os países nos quais praticou tal delito, enquanto no Brasil a situação passa impune", diz Pablo Ximenes, pesquisador do grupo e professor da Universidade. "Além do artigo, planejamos apresentar uma notícia crime ao Ministério Público a respeito do tema."

O Google, diz coletar dados desde o ano passado, em maio, quando estourou a polêmica. Mas o Street View funcionou por quatro meses antes que ela tivesse suspendido a captura de redes sem fio, alerta o artigo.

O Google atuou com seu carro de coleta do Street View nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A empresa já sofreu questionamentos legais na Alemanha, Austrália, EUA, Coreia do Sul e vários outros.

OUTRO LADO

O Google informou, por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil, que o Street View e a coleta de informações telemáticas são coisas diferentes. "O Street View não é o produto responsável por registros de conexões Wi-Fi, a única semelhança entre os dois é que ambos usavam o mesmo carro para coletar informações", disse a empresa, em nota oficial à Folha.

"Este outro produto foi descontinuado, enquanto o Street View está em operação no Brasil", completa.

 

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