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27/05/2011 - 18h38

Produção nacional de tablets será intensa no segundo semestre

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BRUNO ROMANI
LEONARDO MARTINS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mesmo antes de poder contar com a desoneração prometida pelo governo e com a suposta fábrica de iPads no Brasil, a produção nacional de tablets vai ganhar força no segundo semestre.

A Folha apurou que, no período, pelo menos cinco empresas estarão fabricando os equipamentos em território nacional. Antes sozinhas no país, a Samsung e a Motorola terão as companhias de Moove Computadores, Multilaser, Semp Toshiba e ZTE.

Desde o ano passado, a Samsung produz o Galaxy Tab de sete polegadas em sua fábrica em Campinas. A partir do final de junho, as versões de 10,1 polegadas e 8,9 polegadas também vão fazer parte dos trabalhos da empresa no país.

Silvio Stagni, vice-presidente da área de telecom da Samsung, estima que a companhia venderá 200 mil tablets em 2011, dependendo do comportamento do mercado --no ano passado, o mercado brasileiro adquiriu cerca de 100 mil aparelhos.

A Motorola não fala em números, mas, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que todas as unidades do Xoom vendidas no Brasil são produzidas em sua fábrica em Jaguariúna, a 113 km de São Paulo. O tablet está nas lojas desde o final de abril.

Já a ZTE vai importar da China as primeiras unidades do V9, mas a empresa vai terceirizar a manufatura do aparelho no país até que a instalação de sua fábrica em Hortolândia, a 115 km de São Paulo, seja concluída. Segundo Eliandro Ávila, presidente da ZTE no Brasil, isso deve ocorrer em seis meses. Ele prevê que 150 mil unidades sejam vendidas neste ano.

Ao anunciar o Life, a Multilaser afirmou que montará o equipamento em sua fábrica em Extrema, Minas Gerais. Espera-se a venda de 70 mil unidades. A Moove Computadores, que está instalada no polo de informática de Ilhéus (BA), pode produzir o Win Tab no local.

Também na Bahia, a Semp Toshiba já manufatura, desde o inicio deste mês, o myPad. A linha de produção fica em Salvador e vai atender à demanda esperada pela empresa de cerca de 50 mil unidades.

Além disso, outras três empresas também podem produzir no país neste ano. A coreana LG e as brasileiras Positivo e Itautec afirmam que terão tablets no mercado no segundo semestre. As duas primeiras, porém, ainda não se decidiram se vão ter manufatura nacional ou se vão importar os produtos. Sem dar detalhes, a Itautec apenas confirmou o lançamento de um aparelho.

TABLETS PARA TODOS

A expectativa é a de que um conjunto de medidas para desonerar os tablets de vários impostos seja aprovado nos próximos dias. Isso reduzirá o custo de produção e, consequentemente, o valor final do aparelho para todas as empresas que fabricarem tablets no Brasil.

Na última segunda-feira, os aparelhos foram enquadrados na Lei do Bem, que beneficiava outras categorias de eletrônicos. Ao alterar a lei e adicionar "máquinas automáticas de processamento de dados, portáteis" com até 140 centímetros quadrados, a cobrança das contribuições PIS e Cofins, antes de 9,25%, foi zerada para aparelhos produzidos no Brasil.

Em outro incentivo fiscal, a PPB (Processo Produtivo Básico) dos tablets reduzirá o IPI de 15% para 3%. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o preço dos aparelhos pode chegar a cair 36%.

A redução dos impostos foi uma das exigências da empresa taiwanesa Foxconn --que fabrica produtos da Apple e de outras empresas de tecnologia-- para investir US$ 12 bilhões no período de cinco anos em uma grande instalação no país.

A futura fábrica produziria não só o tablet da Apple, mas também telas e outros componentes básicos de eletrônicos e televisores.

 

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