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Líderes deveriam pôr cibersegurança na agenda, diz associação
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DA REUTERS, EM SYDNEY
Os líderes mundiais deveriam incluir cibersegurança na agenda internacional de fóruns como o G20 e pressionar os países "mais lentos" para que combatam ataques de hackers, disse Peter Coroneos, co-fundador da Associação Internacional da Indústria da Internet (IIA).
Coroneos disse que esse tipo de liderança, por parte das grandes potências, poderia encorajar e acelerar os primeiros esforços da indústria para adotar salvaguardas globais contra ataques de hackers.
"Conseguir que a questão seja elevada a um nível como o do G20 seria uma boa maneira de promover a aproximação junto a economias que, de outra maneira, talvez se movessem um pouco mais devagar", disse Coroneos. "Isso foi o que vimos com o tratado de limitação de armas nucleares, no qual tivemos dois ou três países agindo mais cedo", acrescentou.
Recentes ciberataques a empresas e instituições multinacionais, como Google, Citigroup e FMI, despertaram temores de que os governos e o setor privado estejam perdendo a batalha contra os hackers.
O Google acusou indivíduos radicados na China de tentar ganhar acesso a contas de ativistas no Gmail, e a mineradora internacional BHP Billiton também tem preocupações sobre espionagem de alta tecnologia oriunda da China e de suas rivais.
Coroneos não quis discutir o possível papel chinês nesses episódios, mas declarou que os invasores utilizaram redes de computadores "zumbis" --máquinas desprotegidas em residências em todas as partes do mundo-- para lançar seus ataques contra bancos de dados protegidos. "É de fato a arma preferencial", afirmou.
A Austrália partiu na frente ao formar uma parceria entre o governo e o setor privado com o objetivo de combater o ciberhacking e anunciou planos para criar uma estratégia de ciberdefesa e apoio a uma campanha de provedores de acesso à internet para erradicar os computadores zumbis.
Provedores de internet da Austrália recentemente adotaram um código de conduta para identificar e reparar computadores infectados por pragas zumbis. As técnicas envolvem monitoramento de atividades incomuns em períodos de baixa atividade, como durante a noite, quando os usuários estão dormindo.
Os usuários são então notificados de qualquer atividade suspeita, sem violação de privacidade, e também recebem informações de como deixar seus computadores mais seguros, seja por conta própria ou com ajuda profissional.
"Nos primeiros seis meses desta operação, 90% da base de usuários dos provedores de acesso está segura", disse Coroneos.
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