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15/06/2011 - 20h01

Relatório aponta EUA como país preferido dos cibercriminosos

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DA FRANCE PRESSE, EM PARIS

Os Estados Unidos são o país mais "procurado" pelos cibercriminosos para a realização de ataques ou para fazer transitar fluxos financeiros ilícitos, em razão de legislações "permissivas", segundo um relatório apresentado nesta quarta-feira (15) em Paris.

Intitulado "Os mercados negros da cibercriminalidade", esse relatório da empresa especializada em inteligência estratégica CEIS analisa os perfis dos cibercriminosos, suas táticas e suas ferramentas, assim como os meios de se proteger.

"As operações de lavagem de dinheiro são tradicionalmente associadas aos paraísos fiscais. Entretanto, o país mais procurado pelos cibercriminosos não aparece em nenhuma lista negra da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico)", indica esse relatório.

"Dos 50 Estados que pertencem aos Estados Unidos, dez possuem legislações muito permissivas, com as mais liberais encontradas em Delaware, na Califórnia, na Flórida e no Estado de Nova York", ressalta.

Segundo essas legislações para a criação de empresas de "responsabilidade limitada", "qualquer pessoa residente fora ou dentro dos Estados Unidos pode criar sua própria empresa em 24 horas na internet. Basta preencher um formulário. A criação de uma empresa em Delaware custa US$ 129", explica o CEIS.

De acordo com o relatório, "essas empresas de fachada são legalmente registradas por um agente que é isento de qualquer responsabilidade, seja em termos de vigilância de eventuais atividades ilícitas ou de alertar as autoridades em caso de suspeitas".

Por causa de suas legislações, 14 Estados permitem a essas empresas fictícias manter em segredo o nome de seus membros ou proprietários, indicou.

"Depois que a empresa é registrada, o agente abre uma conta bancária nos Estados Unidos para seu cliente", que é usado apenas como laranja. "Os depósitos efetuados transitam pelas agências de bancos internacionais em Nova York e depois são repatriados para o exterior."

"Quando chega ao destino final, o dinheiro é totalmente lavado: a empresa de fachada permite que as somas se passem por ganhos obtidos com uma atividade econômica real, e a sucessão de movimentações bancárias internacionais não permite rastrear a fonte", denuncia o relatório.

 

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