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24/06/2011 - 21h00

HTML5 e Flash não são inimigos, dizem empresas

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ALEXANDRE ORRICO
AMANDA DEMETRIO
DE SÃO PAULO

Um ano depois de o cofundador e executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, declarar que a tecnologia Flash não entraria nos dispositivos móveis da empresa, o W3C (World Wide Web Consortium), que discute e desenvolve os padrões para as linguagens da web, convocou programadores e interessados do mundo inteiro para uma ampla revisão na linguagem HTML5.

Até o dia 3 de agosto podemos esperar um HTML5 com menos falhas e com menos incompatibilidades. Será o golpe de misericórdia na tecnologia da Adobe?

O HTML5 possui linhas de código mais leves e permite desenvolvimento e execução de aplicações avançadas, imagens 3D, aceleração por hardware, reconhecimento de voz, execução de áudio, vídeo e muito mais.

Do outro lado, a tecnologia Flash, da Adobe, ainda exerce um papel fundamental na web como plataforma para jogos e distribuição maciça de vídeos, entre outras aplicações.

Segundo Carlinhos Cecconi, analista de projetos do W3C Brasil, as duas linguagens podem funcionar simultaneamente.

"O HTML5 é mais eficiente e menos pesado, mas a linguagem não está sendo apresentada como uma tecnologia que vai acabar com algo. O HTML5 surge como uma alternativa para alguns dos recursos do plug-in do Flash, não todos", afirma.

Reprodução
Captura de tela do site Life + Times (lifeandtimes.com), feito em HTML5
Captura de tela do site Life + Times (lifeandtimes.com), feito em HTML5

O Google já implementou o HTML5 em vários serviços, como o YouTube, o Gmail, o Blogger e o próprio mecanismo de busca.

Mas o gerente do programa de relacionamento com desenvolvedores do Google Brasil, Otavio Silva, evita apontar uma preferência da empresa: "Temos como principal preocupação garantir uma boa experiência ao internauta. Portanto, o Google é agnóstico quanto a plataformas e tecnologias".

LACUNAS

Para a Adobe, a relação entre o Flash e o HTML5 também é de complementaridade, e não de rivalidade. Segundo Paulo Franqueira, consultor de soluções da Adobe Brasil, o Flash surgiu para cobrir lacunas que não eram abarcadas pelo HTML.

"Agora o HTML evoluiu e é capaz de preencher alguns desses espaços, mas os usuários também evoluíram e já pedem coisas que nem o HTML5 tem", conta.

Para ele, essas novas necessidades fazem com que o Flash ainda seja necessário. "A cada versão do Flash e do HTML essa interdependência continua existindo, já que o processo de evolução é contínuo."

Para Franqueira, enquanto se discute sobre execução de vídeos no HTML5, a Adobe está preocupada em problemas como criar ambientes 3D, possibilitar edição remota de vídeos, distribuir conteúdo rico.

Contra os argumentos de que o Flash não funciona bem em tablets, ele defende que o software da Adobe traz as bibliotecas necessárias para reconhecer os comandos em telas sensíveis ao toque.

"Outros ponto importante é que o Air (que no final é apenas um Flash encapsulado como executável) já se tornou um dos grandes formatos para criação de aplicativos para dispositivos móveis."

 

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