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27/06/2011 - 13h19

Tencent quer se tornar Facebook, Twitter e Google da China

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DA REUTERS, EM HONG KONG

A Tencent Holdings, terceira maior companhia de internet do mundo, quer ser o equivalente ao Facebook, ao Twitter e ao Google --todos eles ao mesmo tempo-- na China.

Embora o valor de mercado da empresa tenha quadruplicado, para US$ 50 bilhões, nos últimos 30 meses, o crescimento do faturamento e do lucro deve desacelerar nos próximos anos, o que forçará a companhia a repensar seu futuro.

A Tencent está se diversificando agressivamente para além do competitivo segmento de jogos on-line, ingressando nos nas áreas de redes sociais, comércio eletrônico e serviços de buscas para celulares na China.

A empresa, entretanto, enfrenta riscos como administrar o relacionamento com parceiros, enfrentar regulamentação governamental de seu conteúdo e a forte concorrência de rivais como Baidu, SINA e Alibaba.com.

"A Tencent precisa sair em busca de novas minas de ouro a fim de combater a desaceleração no segmento de jogos on-line. De outra forma, não conseguirá manter o forte crescimento registrado nos últimos anos," disse Hover Xiao, analista do grupo de pesquisa de tecnologia IDC.

A Tencent opera o maior serviço de mensagens instantâneas e comunidade de jogos online na China, o QQ, com 674 milhões de usuários, sendo que os jogos online responderam por cerca de 60% de seu faturamento, que totalizou 19,6 bilhões de iuans (US$ 3 bilhões) em 2010.

Este mês, a Tencent abriu o acesso à sua plataforma antes exclusiva e lançou a Q+, um sistema aberto defendido pelo Facebook e Apple com o objetivo de atrair criadores externos de programas, para conquistar mais usuários e ampliar receita.

Com esse lançamento, a Tencent pode permitir que programadores externos comercializem seus produtos junto às legiões de usuários do QQ, por meio de um esquema de divisão de receita.

"A ideia é permitir que os usuários possam fazer tudo que desejam em um site. É uma forma de as companhias de Internet garantirem que os usuários fiquem em seus sites em vez de aderir aos rivais," disse Jane Wang, analista do grupo de pesquisa britânico Ovum.

A Tencent domina o mercado chinês de jogos, que movimenta US$ 5 bilhões anuais, com sucessos como Dungeon & Fighter e Three Kindgoms.

"Existe um limite para os serviços com valor adicional que a Internet pode oferecer, e isso nos causa uma sensação de urgência," disse Pony Ma, fundador e presidente-executivo da Tencent, a jornalistas, este mês.

"Como podemos mudar nosso modelo de negócios para obter receitas no mercado de serviços para empresas? Podemos precisar de cinco, seis ou até dez anos, mas faremos o que for preciso," disse Ma, 39, que está na lista dos dez maiores bilionários chineses compilada pela revista Forbes.

Sediada em Shenzhen, próspera cidade industrial na costa sul da China, a Tencent, que tem um terço de participação detida pela Naspers, está agora em busca de uma fatia maior no aquecido mercado chinês de comércio eletrônico, e estabeleceu metas para publicidade online e criação de centrais de comércio on-line, depois de depender de consumidores individuais como fonte de receita pelos últimos dez anos.

A companhia também espera ampliar sua participação no mercado de buscas para celulares e conquistar a segunda posição entre esses serviços na China, em um prazo de alguns anos, disse Ma, sem detalhar um cronograma específico. No segmento de buscas para celulares, a Tencent conta atualmente com participação de 14,7%, atrás da Baidu, que detém 36,1%, e da Easou.com, que tem 19,1%, de acordo com dados do setor.

Considerando que o crescimento do setor de jogos on-line chinês deve cair de mais de 20% anuais para cerca de 10%, a Tencent precisa de ideias novas para manter seus milhões de usuários.

"Investidores nos mercados de capitais devem pressioná-los bastante, e a concorrência que enfrentam no mercado está aumentando," disse Xiao.

 

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