GUSTAVO FIORATTI
ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ

Os taxistas de Bogotá estão visivelmente satisfeitos com os brasileiros —e os valores baixos das corridas tornam esse amor recíproco.

A queda nos índices de violência na última década no país foi fundamental para lustrar a relação. E agora são os bons preços que fazem a viagem valer ainda mais a pena. Em restaurantes caros, como no Juana La Loca, prato principal e bebida dificilmente chegam à cifra de 80 mil pesos (ou R$ 86 reais).

Dependendo da época, dá para reservar uma noite no hotel cinco estrelas Tequendama, um dos mais tradicionais da capital, por R$ 200.

Pelos bons preços —e também porque a violência no país vem diminuindo—, a visitação de brasileiros deu um salto de 40% em 2014, de acordo com dados do governo colombiano. Praticantes do portunhol não raro são cumprimentados com a frase "somos hermanos".

O que se revela para o turista é uma cidade movimentada, com ruas cheias de gente até 2h, todos os dias. Com clima de montanha (2.640 metros acima do nível do mar e noites sempre frias) e edifícios que dificilmente passam dos oito andares, os bairros mais conhecidos da cidade carregam a atmosfera afável dos subúrbios europeus, só que menos certinhos e mais sujos no bom sentido. Gentrificação não é uma tônica.

Andar a pé ou de bicicleta é aconselhável —cercado de montanhas, o miolo da cidade é plano. Só o trânsito é que não contribui com o ciclismo. Ele, sim, ainda não foi resolvido por um processo de reurbanização que tem sido considerado internacionalmente como modelo.

Quem cruza Bogotá pela avenida 7ª, eixo comercial importante, vê a paisagem mudar muito pouco, talvez mais na parte norte.

A região histórica e de ruas estreitas da Candelária se abre logo no início do trajeto ao Sul, depois segue o bairro Chapinero, decadente na medida certa, e na outra ponta fica a chamada Zona Rosa, com suas ruas arborizadas e prédios residenciais de arquitetura de primeira linha.

A parte rica da cidade não se cercou de muros. Não veremos o neocolonial de fachada e as imitações neoclássicas do século 20.

Como Bogotá é comprida, pode ser legal ficar hospedado na Zona G, entre o norte e o sul, onde as padarias e confeitarias servem os melhores cafés da manhã da capital. Vale a pena pular uma das refeições matinais oferecidas nos pacotes hoteleiros para fazer o desjejum por lá.

Porém a região obrigatória —e a que vai consumir mais tempo do turista— é a Candelária e o centro histórico, onde ficam o Museu do Ouro, o Museu Botero e o Museu de Arte do Banco da República.

Quem caminha por ali passa de conjuntos de ruas estreitas a praças abertas. É o caso da imensa Plaza de Bolívar. Ou do parque de los Periodistas, que ganhou esse nome nos anos 1960 porque era palco de encontro de jornalistas. São punks, artistas de rua e grafiteiros que hoje convivem por lá.

Os bares, padarias e restaurantes dos arredores atendem à demanda de trabalhadores e estudantes. As lojas costumam deixar os petiscos na vitrine, muitas vezes no limite da calçada. Toda esquina tem alguém vendendo arepa, massa circular à base de milho. Os pães de queijo são em forma de rosca e tão gostosos quanto os do Brasil. Verdade que nem sempre estão fresquinhos. Vai do espírito aventureiro de cada um. Observar a escolha do bogotano pode ser uma saída.

 

Pacotes

US$ 406 (R$ 1.258)
Quatro noites em Cartagena, sem aéreo, mas com passeio pela cidade e pelas Islas del Rosario inclusos no valor. Por pessoa. Na RCA: rcaturismo.com.br

US$ 485 (R$ 1.503)
Pacote de hospedagem de quatro noites no Hilton de Cartagena, em quarto duplo. Sem café da manhã, aéreo nem passeios previstos. Reservas: hilton.com

R$ 1.619
Com aéreo, quatro noites em Bogotá. Pacote não prevê passeios nem alimentação na hospedagem. Na Submarino: submarinoviagens.com.br

R$ 2.160
Roteiro de três noites em Cartagena, sem passeios incluídos. Por pessoa, com aéreo saindo de São Paulo e café da manhã. Na CVC: cvc.com.br

US$ 732 (R$ 2.269)
Valor por pessoa para três noites em Bogotá, com visita panorâmica a pontos turísticos da capital. Com aéreo e café da manhã. Na New Age: newage.tur.br

US$ 868 (R$ 2.690)
Sem aéreo, oito noites na Colômbia passando por Bogotá, Cartagena e San Andrés. Valor por pessoa, com café da manhã e passeios nas três cidades inclusos no pacote. Na Venice: veniceturismo.com.br

R$ 3.257
Com visitas a Bogotá, Cartagena e Medellín, pacote de nove noites na Colômbia, sem aéreo. Inclui passeios nas três cidades. Por pessoa, na Trade Tours: tradetours.com.br

US$ 1.260 (R$ 3.905)
Sem aéreo, duas noites em Bogotá e três em Cartagena. Inclui passeios nas cidades, como a visita ao Convento de la Popa, em Cartagena. Na Tereza Ferrari: terezaferrariviagens.com.br

US$ 1.429 (R$ 4.429)
Nove noites na Colômbia, passando por Bogotá, Cartagena e San Andrés. Inclui passeios nas três cidades. Por pessoa, com aéreo. Na BWT: bwtoperadora.com.br

US$ 1.590 (R$ 4.928)
Duas noites em Bogotá e três em Cartagena, sem aéreo. Preço por pessoa, com café da manhã e passeios incluídos; Na interpoint: interpoint.com.br

US$ 1.599 (R$ 4.956)
Nove noites no país, sendo três em Bogotá, três em Cartagena e três em Medellín. Inclui visitas nos locais, como o tour inspirado em Gabriel García Marquez em Cartagena. Por pessoa, com aéreo. Na Abreu: abreutur.com.br

US$ 1.638 (R$ 5.077)
Pacote de sete noites no país, com hospedagem em Bogotá, Medellín e Cartagena. Preço por pessoa, com aéreo. Inclui city tour nos destinos e passeio na ilha San Pedro de Majagua. Na 55destinos: 55destinos.com

US$ 1.690 (R$ 5.238)
Preço por pessoa para duas noites em Cartagena e cinco na ilha Múcura, no mar do Caribe. Inclui city tour, caminhada ecológica e aéreo. Na Visual: visualturismo.com.br

US$ 2.084 (R$ 6.460)
Doze noites na Colômbia, com visitas a Bogotá, Cartagena, Santa Marta, San Andrés e ilha de Providencia. Não inclui aéreo, mas tem passeios para conhecer cada destino. Na Adventure Club: adventureclub.com.br

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