Companhias promovem mudanças em programas de milhas; veja opções
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Para enfrentar a concorrência dos aplicativos e sites de transação de milhas, as companhias aéreas apostam no apelo à segurança.
"Como não temos mercado regulamentado, essas empresas investem pouco em segurança de informações", diz Leonel Andrade, CEO da Smiles, programa que tem parceria com Gol, Delta, Air France e Emirates, entre outras.
"O mercado de fidelização tem crescido no país e atraído novas oportunidades, mas fornecer dados que deveriam ser confidenciais é um risco", afirma Andrade.
COMPANHIAS
Novidades que facilitam resgates dentro da própria plataforma são uma tendência. Em março, a Smiles lançou o Viaje Fácil, que permite ao cliente resgatar uma passagem antes mesmo de acumular o total de milhas necessárias. O débito deve ser quitado 60 dias antes do voo.
A empresa oferece outras modalidades como compra e transferência de milhas (para participantes do programa), reativação de milhas vencidas e uso da pontuação para pagamento de taxas de embarque.
Em fevereiro, a Azul também passou a liberar transferência de pontos entre contas cadastradas em seu programa de recompensas.
A Avianca, que ainda não opera na compra e venda de milhas a terceiros, vai mudar o regulamento do seu programa. "Estamos trabalhando para viabilizar essas operações ainda neste ano", afirma Tarcísio Gargioni, vice-presidente da companhia aérea no Brasil.
Já a Latam afirma ser contra o mercado secundário de pontos, uma vez que ele transgride as regras de seu programa. A comercialização de recompensas é proibida e o cliente pode ser excluído se tal prática for comprovada, além de ter seus pontos cancelados, segundo a empresa.
De acordo com o presidente da Abemf (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização), Roberto Medeiros, ceder dados pessoais a terceiros significa correr o risco de ter sua conta fraudada. "A responsabilidade pela senha é do cliente."
Medeiros observa que é possível comprar pontos dos próprios programas ou combinar milhas e dinheiro para adquirir passagens, produtos e serviços.
"Em um cenário de desafio macroeconômico, usar pontos virou uma alternativa para manter o nível de consumo", afirma.
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