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26/07/2010 - 08h00

Aeroporto e rodoviária barram turismo em Ribeirão Preto

JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO

Márcia Ribeiro/Folhapress
Operários trabalham na construção de centro de convenções da Pereira Alvim, em área valorizada de Ribeirão Preto
Operários trabalham na construção de centro de convenções da Pereira Alvim, em área valorizada de Ribeirão Preto

Considerado pelo Ministério do Turismo uma referência para o turismo de negócios e eventos no país, Ribeirão terá de se equipar melhor para atender a demanda crescente desse segmento. A mudança precisa começar pelas portas de entrada.

Os recém reformados aeroporto Leite Lopes e terminal rodoviário são, nessa ordem, os principais gargalos para o desenvolvimento do turismo focado em feiras, convenções e eventos, segundo especialistas, profissionais e representantes do setor ouvidos pela Folha.

A estrutura hoteleira, o sistema de sinalização viário, a mão de obra especializada e os serviços de receptividade são outros pontos que merecem reparos, embora não preocupem tanto.

"Para jogar na segunda divisão, está bom. Mas para jogar na primeira, precisamos melhorar tudo", diz Márcio Santiago, presidente do Convention & Visitor Bureau de Ribeirão.

Segundo ele, o crescimento da economia atrelado à crescente atratividade da cidade torna urgente a discussão sobre a estrutura de Ribeirão como anfitriã.

"Se formos receber o volume de eventos que estamos trabalhando para receber, esse aeroporto não resolve, está longe de suprir as demandas da cidade."

A rodoviária, considerada "indecente", também está aquém das necessidades do turismo de negócios, de acordo com Santiago.

O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Ribeirão, Carlos Frederico Marques, é ainda mais crítico em relação às condições do aeroporto e da rodoviária.

"Nosso aeroporto não tem acesso, não tem acomodação. Temos a menor esteira rolante do mundo."

A esteira a que ele se refere será trocada dentro de quatro meses, de acordo com a direção do aeroporto.

A impressão causada nos visitantes que desembarcam também não é boa, de acordo com Marques.

Para o presidente da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), José Carlos Carvalho, rodoviária e aeroporto são temas "preocupantes".

"A rodoviária tem que ter mais ligações com o aeroporto, tem que ter uma articulação para receber quem chega à cidade", afirmou.

A coordenadora do Centro de Convenções Ribeirão Preto, Deocélia Jardim, concorda. São comuns, segundo ela, reclamações de clientes sobre a dificuldade em conseguir táxi do Leite Lopes até o centro da cidade.

Opções de voos e a estrutura do aeroporto também são pontos questionáveis. "Já perdi dois eventos por falta de horários de voos adequados", disse Jardim.

Presidente do Conselho Municipal de Turismo e coordenador do curso de turismo do Centro Universitário Barão de Mauá, Márcio Esteves diz que a estrutura aeroviária de Ribeirão é satisfatória para o volume de eventos que a cidade realiza atualmente, mas tem que ser repensada para o futuro.

"Se, no futuro, você fizer centros de convenções para abrigar eventos maiores, o que temos não dá."

A rodoviária, diz ele, é menos preocupante, já que o turista que viaja a negócios usa o transporte aéreo.

 

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