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26/08/2011 - 07h50

Cada vez mais numerosos, albergues em Moscou são alternativa a hotéis caros

DA FRANCE PRESSE

Até pouco tempo atrás, turistas em busca de hospedagem em Moscou não tinham alternativa a não ser pagar os altos preços cobrados pelos hotéis da cidade.

Mas agora, há outra opção para aqueles que querem conhecer a capital russa. Nos últimos cinco anos, o número de albergues, também conhecidos como hostels, tem crescido na cidade, com diárias que giram em torno de US$ 20.

Erguidos em prédios limpos e modernos, os albergues oferecem atualmente mais de 3 mil camas em Moscou.

"É muito bem localizado e é barato também", disse a estudante mexicana Carolina Felton, que dividiu o dormitório de um albergue com mais sete pessoas em sua viagem a Moscou.

"Um hotel está muito além de minhas condições financeiras", disse o estudante britânico Mike Loader, que definiu Moscou como uma cidade "cara".

Ambos os estudantes hospedaram-se em um albergue próximo à rua Arbat, uma das áreas que mais atrai turistas no centro de Moscou. O local oferece dormitórios com capacidade para até 12 pessoas e preços a partir de US$ 19 por noite.

Tuca Vieira/Folhapress
Catedral de São Basílio, na praça Vermelha, em Moscou; construção data do século 16
Catedral de São Basílio, na praça Vermelha, em Moscou; construção data do século 16

Daniil Mishin, proprietário do albergue, tem apenas 18 anos de idade e veio da Ucrânia, onde ele e seus pais administram vários outros hostels. Mishin teve a ideia de abrir um albergue em Moscou quando viajava pela Europa.

O ucraniano e sua família já abriram sete albergues em Moscou e em sua cidade natal, Sebastopol. Segundo ele, os negócios vão bem especialmente em Moscou, onde seus albergues registram uma taxa de ocupação em torno de 80%, com reservas feitas com muitos meses de antecedência.

Mishin não é o único empreendedor a aproveitar as oportunidades nesse setor. Atualmente Moscou conta com 59 albergues, sendo que 14 deles abriram as portas a partir de maio deste ano, de acordo com a secretaria de Turismo da cidade.

O primeiro albergue de Moscou foi inaugurado em 2006. O maior deles, com 153 camas, deve abrir até o final do ano na rua Stoleshnikov Pereulok, uma das mais movimentadas do centro da cidade,

Enquanto há um ano os hóspedes eram quase todos jovens estudantes estrangeiros de orçamento apertado, hoje as pessoas que procuram albergues têm "diferentes idades, diferentes profissões e círculos sociais completamente diversos", apontou Mishin.

Tuca Vieira/Folhapress
Os muros do Kremlin, associado ao poder da Rússia desde o século 12; construção está localizada às margens do rio Moscou
Os muros do Kremlin, associado ao poder da Rússia desde o séc. 12; construção fica às margens do rio Moscou

Os últimos a serem atraídos pelos albergues foram os russos, mas mesmo esses já estão adotando a ideia. "Antes, ninguém sabia o que eram os albergues, mas há cerca de um ano os russos começaram a descobri-los. Eles perceberam que é possível ficar confortavelmente no centro e pagar 500 rublos (cerca de US$ 17) por noite em um lugar com boas condições", disse o jovem.

O conceito de albergues não existia na Rússia da era soviética, quando os turistas podiam hospedar-se apenas em grandes hotéis estatais. Dormitórios extremamente simples eram usados por estudantes e trabalhadores imigrantes.

Hoje os albergues preenchem um importante nicho em uma cidade onde as diárias de hotéis estão entre as mais altas do mundo. De acordo com a pesquisa Hotel Price Index, em 2010 o valor médio cobrado em hotéis de Moscou foi de US$ 243 a diária, uma das mais caras entre os principais destinos turísticos mundiais.

 

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