Engenheiro teve que alterar roteiro para conseguir embarcar

Mesmo que não impeça a viagem, a falta da vacina pode causar muita dor de cabeça ao viajante. Em 2010, o engenheiro Paulo Nassif comprou uma passagem para a Costa Rica, mas só descobriu uma semana antes da viagem que deveria tomar a vacina contra febre amarela (o que deve ser feito no mínimo dez dias antes).

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Nassif então procurou o Ambulatório do Viajante do Hospital das Clínicas (SP). "Ali me deram uma informação errada, dizendo que não teria problema não ter completado os dez dias de vacinação antes da viagem."

Letícia Moreira/Folhapress

Paulo Nassif, que não conseguiu embarcar para a Costa Rica

O engenheiro viajaria pela Copa Airlines e, no aeroporto de Guarulhos, foi impedido de embarcar por causa da vacina. "Fiquei desesperado, tinha combinado de encontrar minha irmã, que mora nos EUA, na Costa Rica."

Nassif foi então orientado pela companhia aérea a viajar pelo Panamá, onde a vacina não é obrigatória. De lá, deveria comprar uma passagem para a Costa Rica. Chegando no Panamá, foi novamente impedido de embarcar e passou um dia inteiro no aeroporto até que conseguisse finalmente voar para a Costa Rica. "Levei uma canseira no aeroporto, achei que teria que voltar para o Brasil." No desembarque final, o engenheiro afirmou que, afinal, ninguém controlou seu certificado de vacinação.

O engenheiro florestal Edilson Fazzio, que tomou a mesma vacina antes de ir para a África do Sul, também não passou por nenhum controle ao chegar ao país. "Voei de São Paulo para Johannesburgo e dali para a Cidade do Cabo e em nenhum dos aeroportos pediram para mostrar o certificado de vacinação."

Acostumado a trabalhar em regiões com risco de doenças como malária e febre amarela, Fazzio adquiriu o hábito de tomar vacinas antes das viagens -já tomou a vacina contra febre amarela três vezes. "Acho importante o viajante ter a consciência e se informar sobre o que precisa fazer", comentou.