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28/10/2011 - 07h40

Em Buenos Aires, estética 'europeia' contrasta com recantos arrojados

MARINA LANG
ENVIADA A BUENOS AIRES

Dizer que Buenos Aires é uma cidade "europeia" soa como clichê. Mas a capital argentina parece, sim, um pedacinho do Velho Continente embutido na América do Sul, com suas largas avenidas, "plazas" e "villas".

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Não à toa, levou o apelido de a Paris desses lados no início do século 20, quando muito se investiu para dar a ela contornos de metrópole.

"Calles" (ruas) charmosas e geométricas no centro e em bairros tradicionais (como San Telmo, Monserrat, Congreso e Recoleta) sediam prédios com arquitetura inspirada nos estilos art déco e art nouveau -e que tampouco deixam de remeter aos edifícios neoclássicos de Madri e Barcelona, que formam o que a trigonometria chama de ângulo notável de 45 graus.

Buenos Aires também faz jus ao nome quando se anda pela rua Santa Fé, onde bancas de flores e incenso proliferam a cada quarteirão, em trajetos movimentados, coloridos, perfumados -e também repletos de lojas.

Na cidade também está a larga avenida 9 de Julio, centro do cosmopolitismo portenho, cuja demora para atravessá-la é alvo de chacota na cidade e pode chegar a dez minutos, segundo cronometrou a reportagem da Folha.

Já o encanto da avenida de Mayo, espinha dorsal que liga a plaza de los Dos Congresos (onde está a reprodução de "O Pensador", de Auguste Rodin, uma das oito cópias autorizadas pelo artista francês) à plaza de Mayo (endereço da Casa Rosada), fica ainda mais evidente na primavera, com as árvores mais floridas e verdejantes.

Marina Lang/Folhapress
Esquina da rua Rivadavia com av. Roque Sáenz Peña, que desemboca na plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada
Esquina da rua Rivadavia com a avenida Roque Sáenz Peña, que desemboca na plaza de Mayo

CAFÉS BOÊMIOS
É nessa via que fica um café antigo portenho, o Tortoni, frequentado por intelectuais e cuja existência ultrapassa os 150 anos de vida boêmia. E também ali que fica a estação de "subte" (metrô) Perú, na esquina da rua homônima e ainda hoje decorada como na época de sua inauguração, no ano de 1913.

Não se pode, também, deixar de visitar La Boca, um dos bairros pitorescos que remete à imigração, sobretudo na multicolorida travessa Caminito, onde há casas pitorescas e performances artísticas.

Tome cuidado, no entanto, em regiões e ruas mais ermas do bairro em horários pouco movimentados.

COSMOPOLITA
A Buenos Aires tradicional contrasta com os bairros e lugares mais descolados e revitalizados, como Palermo ou Puerto Madero. Bares e restaurantes têm surgido em Villa Crespo e Colegiales, com opções mais módicas.

Palermo, no entanto, é o recanto do jet-set de Buenos Aires e demanda dois dias, no mínimo, para percorrê-lo. Há diversas lojas de decoração e design, restaurantes e bares requintados.
No Mundo Bizarro, por exemplo, é possível tomar drinques por 37 pesos (R$ 16) e espumante Chandon por 120 pesos (R$ 50).

Também existem parques no bairro, como o Los Bosques (que aglutina o planetário, o zoológico e o hipódromo) e o belo Jardim Botânico, que virou uma espécie de "casa" de gatos abandonados, alimentados por moradores.

Se a grana apertar, alugue uma bicicleta (em torno de 15 pesos/hora, ou R$ 6,30). Embora não tenha ciclovias, a cidade é plana e fácil para se deslocar, pedalando ou andando.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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