Inundação mantém futuro indefinido no palco da tragédia de Mariana
"Um ano depois, a Samarco quer apagar a cena do crime", protestava o operador de máquinas Antônio Quintão, 56, em frente ao fórum de Mariana (MG). Sua casa, no vilarejo de Bento Rodrigues, foi soterrada em novembro passado, e o terreno pode ser inundado de novo pela mineradora.
Após meses de conflitos com órgãos públicos, a Samarco obteve autorização para construir um dique que alagará parte da área de Bento, povoado que ficava abaixo da barragem de Fundão e foi completamente posto abaixo por um mar de lama 40 minutos após a ruptura.
Um laudo do Ministério Público Federal questiona a eficácia da obra, mas a mineradora tem apressado a construção para terminá-la antes do período previsto -planejada para janeiro, deve ficar pronta ainda neste ano, segundo a empresa.