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02/03/2007 - 18h41

Ministério Público pede bloqueio de bens do PT e de Gilberto Carvalho

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REGIANE SOARES
da Folha Online

O Ministério Público Estadual quer o bloqueio dos bens do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, do PT nacional e de outras seis pessoas que teriam participado de um suposto esquema de corrupção na prefeitura de Santo André.

O bloqueio é uma forma de garantir o ressarcimento de R$ 5,3 milhões a empresários vítimas do suposto esquema, além do pagamento de multa de até três vezes o mesmo valor ao poder público.

O pedido consta em ação civil pública apresentada ontem pelos promotores do Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) do ABC, designados pelo procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, para acompanhar o caso da propina em Santo André.

Gilberto Carvalho disse por meio de sua assessoria que só vai se pronunciar quando tiver conhecimento da ação e que reitera declarações anteriores sobre o caso e nega todas as acusações. Afirmou ainda que está com sua "consciência tranqüila".

A ação relata o suposto esquema de corrupção que existiu na administração municipal entre 1997 e 2001. Segundo investigação dos promotores, o então secretário de Serviços Municipais, Klinger Luiz de Oliveira Sousa, liderava uma quadrilha que extorquia dinheiro de empresários do setor de transportes da cidade.

Sob pena de restrições administrativas, os empresários eram obrigados a pagar mensalmente à quadrilha R$ 500 por ônibus que circulava na cidade. Os promotores estimam que nos quatro anos a quadrilha extorquiu R$ 5,3 milhões dos empresários.

Segundo a investigações dos promotores, o dinheiro era usado para financiar campanhas eleitorais do PT e chegava à direção nacional do partido por Carvalho, que na época era secretário de Governo de Santo André.

O esquema de corrupção já foi denunciado pelo Gaerco, e uma ação penal está em andamento na Justiça de Santo André. Para o Ministério Público, o esquema de corrupção motivou o assassinato do prefeito Celso Daniel, em janeiro de 2002.

Segundo investigação dos promotores, Celso Daniel sabia do esquema, mas tentou barrar a ação da quadrilha quando descobriu que o dinheiro estava sendo utilizado para enriquecimento dos integrantes da quadrilha.

O promotor Roberto Wider explicou que o Ministério Público decidiu instaurar a ação civil por improbidade administrativa porque "a quadrilha agia como um braço da administração municipal para praticar crimes".

A assessoria do PT disse que o partido ainda não tomou conhecimento da ação e ainda vai se reunir para discutir o que será feito.

Klinger Luiz de Oliveira Sousa não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto.

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