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CANELADAS DO VITÃO

 Vitor Guedes

Paris não tem mais a concorrência de Jarinu


Tem xinxim e acarajé, tamborim e samba no pé. Leitora boa, leitor bamba, o estandarte do sanatório geral vai passar... Hoje tem São Paulo x Necaxa para bom público no Morumbi e, apesar do pessimismo crônico da são-paulina mamãe Dolores, não tenho dúvidas que o Tricolor ganha com folga e seguirá bem na Taça Libertadores, competição que, dependendo do cruzamento, tem tudo para decidir com o Santos, final provável também do Paulistão.
Mas da série "vou acender velas para são Jorge, a ele eu quero agradecer", hoje não é um dia feliz apenas para os corinthianos. É a vitória do esporte, do futebol, do desportista de bem. É a derrota do nepotismo, da ditadura, da arrogância chocante, da intransigência, do machismo vil, da incompetência atroz, do salário ultrajante ao povo assalariado e trabalhador. É muito mais que isso. Numa visão macro, é a vitória dos franceses, já que Paris, depois de sete meses e meio dividindo as manchetes dos jornais internacionais com a bucólica Jarinu, voltará a reinar sozinha como a cidade mais charmosa e visitada do planeta. Enfim, fez-se luz na cidade, na ZL.
E eu tô tão bem-humorado que prometi que não vou cornetar a insana contratação do ex-gerente palmeirense Ilton José da Costa (apesar do conselho alvinegro ser péssimo, será que não há um corinthiano, dentre os 400 conselheiros, capaz de assumir o futebol?), a ridícula cena do ilibado santista Renato Duprat, ex-Unicor, dando coletiva falando em nome do time do povo, a já tradicional invasão de torcedores no gramado do Parque São Jorge para reclamar da ruindade armagedônica do elenco. Como eu detesto polêmica, prefiro me antecipar e já parabenizar a diretoria pelas futuras dispensas de Tamandaré, Marinho, Gustavo, Daniel e Wellington.
Parei de beber, mas continuo mamando. E da série "quem não chora não mama", alô, Marília Ruiz (ah, se não tivesse sangue Guedes...), Vitão aqui está aos prantos.


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