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Fundos de
renda fixa têm
maiores perdas
APLICAÇÃO FINANCEIRA QUE É CONSIDERADA O PORTO SEGURO DOS INVESTIDORES SOFREU COM A TURBULÊNCIA NO MERCADO FINANCEIRO
Os fundos de renda fixa,
considerados um porto seguro
por muitos investidores, estiveram entre os que mais sofreram impactos na crise. E
não só pela perda de rentabilidade, mas pelos fortes saques que esse tipo de fundo
teve nas últimas semanas.
A renda fixa, que é a maior
categoria do mercado -concentra 34,1% do patrimônio
da indústria de fundos- e que
era a recordista de captação
de recursos no ano, foi a que
teve saques mais pesados
nesse período de crise.
No mês de agosto, até o dia
28, os saques superaram as
aplicações nos fundos em
R$ 5,9 bilhões, segundo a Anbid (Associação Nacional dos
Bancos de Investimento).
No ano, até julho, a categoria era líder em aplicações,
com captação líquida de
R$ 21,58 bilhões no período.
O patrimônio líquido da renda
fixa está em R$ 359 bilhões.
O mesmo movimento que
elevou os ganhos dos DI nas
últimas semanas fez encolher
a rentabilidade dos fundos de
renda fixa. O segmento tem
nos títulos públicos e privados
prefixados a principal parcela
de composição de suas carteiras. Quando ocorrem elevações inesperadas nas taxas
futuras de juros, esses títulos
prefixados se desvalorizam no
mercado e derrubam o retorno dos fundos de renda fixa.
No ano, até o dia 23 de julho, as aplicações em renda
fixa deram rendimento médio
de 6,86%, contra 6,43% dos
fundos DI. Entre 24 de julho e
29 de agosto, houve uma inversão: a renda fixa deu
0,86%, e os DI, 1,09%.
Esperar
"Quem levou um susto com
a renda fixa nessas semanas,
mas manteve suas aplicações,
deve esperar, pois a tendência
é o mercado voltar ao normal", comenta William Eid Júnior, coordenador do Centro
de Estudos em Finanças da
Fundação Getúlio Vargas.
Contrariamente à renda fixa, os fundos de ações não
sofreram com saques, como
era normal ocorrer antes. Em
agosto, até o dia 28, os fundos de ações tinham captação
líquida de R$ 844,8 milhões.
No mês passado, depois de
perder até 11,4%, a Bovespa
conseguiu subir 0,84%. Desde
o início do período de crise,
em 24 de julho, a Bolsa acumula perda de 5,9%. (FSP)
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