Próximo Texto | Índice

A hora do espanto

À BEIRA DO ABISMO, SEM CONFIANÇA E PRESSIONADO PELOS TORCEDORES, O PALMEIRAS ENTRA MODIFICADO PARA TENTAR FICAR LONGE DA ZONA DE RISCO

São quatro derrotas seguidas e cinco partidas sem vencer, se somar o empate contra o Atlético-PR aos fiascos nos duelos contra o Vasco, Corinthians, Goiás e Paraná Clube.
Assim, cada vez mais sofrendo turbulências, o Palmeiras acumula um mês sem conseguir uma vitória - venceu o Flamengo, no dia 8 do mês passado, dentro do estádio do Parque Antártica.
Sem conseguir reagir, e com cinco rodadas até o término deste Nacional, é cada vez mais real a possibilidade de ficar dentro da zona de risco.
Por isso, a última tentativa desesperada da diretoria foi mudar e contratador o quarto treinador neste ano. No primeiro jogo não surtiu efeito prático. Com os mesmos erros, o time foi atropelado, no domingo, em Curitiba.
Jair Picerni, o último escolhido para salvar o Palmeiras, ficou espantado com o que viu da equipe, principalmente no segundo tempo. Ele não entende por que os jogadores despencam na produtividade após tomar um gol.
"Estão todos ruins, todos estão muito pressionados e ansiosos para resolver esta situação. É difícil, mas precisamos melhorar a concentração e jogarmos focados os 90 minutos", ensina Picerni.
O comandante palmeirense vai além no diagnósticos para tirar o time do buraco. Falta aos jogadores um pouco mais de vontade e fome para buscar a bola. Segundo ele, a equipe não pode apenas ficar "cercando" o adversário.
"O nosso sentido de campo é fazer uma boa pegada, aproximação, jogar cauteloso e forçar o adversário ao erro, porque em Curitiba nós cometemos os erros e demos a bola para o adversário", disse.
Mais ambientado com o grupo, Picerni chegou ao ponto de fazer uma previsão que poderá melindrar os homens que passaram pelo Palmeiras. "Se eu tivesse aqui, a dinâmica seria outra e com certeza o Palmeiras não estaria nesta situação", garantiu o técnico.
Só discurso não basta. O treinador partiu para a ação e mudou a equipe. O Palmeiras será um time mais solto que irá correr mais riscos.
Na defesa, o goleiro Diego Cavalieri retorna ao lugar de Marcos (leia ao lado). Paulo Baier retorna à ala direita. Na esquerda, Chiquinho foi barrado e ressurge Márcio Careca. Na zaga, Dininho entra no lugar de Daniel. No meio-campo, o meia Valdivia ficará na vaga do volante Marcinho Guerreiro. (Luís André Rosa)



Próximo Texto: Timão tenta a quina contra o Atlético no Sul
Índice

Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.