O Ibama multou a refinaria norueguesa Hydro Alunorte em R$ 20 milhões e embargou instalações da empresa nesta quarta (28) por realizar atividade potencialmente poluidora e operar tubulação de drenagem sem licença válida da autoridade ambiental competente.
Em 2009, o Ibama multou a empresa em R$ 17,1 milhões por lançamento de rejeitos no mesmo rio. A empresa recorreu, e até hoje nada foi pago.
No fim de semana passado, moradores próximos da fábrica relataram mau cheiro e cor adulterada da água do rio Murucupi, que transbordou por causa das forte chuvas e atingiu várias casas. Um laudo Instituto Evandro Chagas de quinta (22) confirmou a contaminação por chumbo e outros metais.
Equipes do Ibama e do Instituto Evandro Chagas, que é vinculado ao Ministério da Saúde, realizaram vistoria no local nesta terça (27) e quarta (28).
Uma nota técnica do instituto afirma que as águas do rio apresentaram níveis elevados de alumínio e outras variáveis associadas aos efluentes gerados pela Hydro Alunorte.
Após negar irregularidades em sua operação em Barcarena, a fabricante de alumina admitiu na sexta-feira (23) a existência de uma tubulação que deságua no rio. O depósito de rejeitos sólidos n° 2 e a tubulação de drenagem de efluentes da área industrial foram embargados pelo Ibama nesta quarta (28).
Em seu site, a empresa afirmou que as informações que detém apontam que suas operações não contribuíram para a qualidade das águas nas comunidades e que vem respondendo às necessidades das pessoas da região.
Também disse que está cooperando com as autoridades competentes de forma aberta e transparente para facilitar o trabalho com as vistorias e que criou uma força-tarefa especializada para estabelecer o efeito das chuvas na integridade dos depósitos de resíduos sólidos de bauxita e analisar dados relacionados com possíveis impactos ambientais nas comunidades locais.
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