Comitiva de nove ministros realizará encontros com governadores da Amazônia

Na terça (27), Bolsonaro usou reunião com mandatários da região para criticar demarcações de terras indígenas

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Brasília

Nove ministros viajarão no início da semana que vem a Belém (PA) e Manuas (AM) para discutir com governadores da Amazônia Legal a onda de queimadas na região.

Os incêndios desencadearam uma crise ambiental no governo. Diante da forte repercussão internacional, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para mobilizar as forças armadas no combate às chamas. Além do mais, ele proibiu queimadas no país por 60 dias. 

Integrarão a comitiva de ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), general Heleno (Segurança Institucional), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Damares Alves (Mulher, Família e dos Direitos Humanos) e Bento Albuquerque (Minas e Energia). 

O Presidente Jair Bolsonaro conversa com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni
O Presidente Jair Bolsonaro conversa com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni - André Coelho/Folhapress

Também participarão das agendas dirigentes do Ibama, da Funai e do Incra. Os encontros com os governadores devem ocorrer em dois dias. Na segunda-feira (2) em Belém e no dia seguinte em Manaus. 

Bolsonaro recebeu na terça-feira (27) os governadores da Amazônia Legal para discutir a crise ambiental. 

Na ocasião, no entanto, o presidente colocou como prioridade criticar as demarcações de terras indígenas e quilombolas e disse que elas são um entrave para o desenvolvimento da região. 

Participaram da reunião no Planalto os governadores do Maranhão (Flávio Dino), Pará (Helder Barbalho), Mato Grosso (Mauro Mendes), Amazonas (Wilson Lima), Rondônia (Marcos Rocha), Tocantins (Mauro Carlesse), Amapá (Waldez Góes) e Roraima (Antonio Denarium), além do vice-governador do Acre, Wherles Rocha. 

A postura de Bolsonaro dividiu os governadores. Enquanto alguns, como Denarium, endossaram as críticas de Bolsonaro aos territórios indígenas, Barbalho e Dino adotaram um tom mais moderado. O paraense disse inclusive que o Brasil tem perdido "muito tempo" com a troca de acusações entre o presidente Bolsonaro e o mandatário francês, Emmanuel Macron

Em uma nota divulgada à imprensa, o ministro Onyx Lorenzoni disse que a ida da comitiva a Belém e a Manaus foi uma determinação de Bolsonaro e que o governo, além da preservação da floresta, quer estimular o desenvolvimento econômico da região. 

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