Aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) têm atuado desde o último fim de semana no combate a incêndios em Rondônia. Um vídeo mostra uma aeronave C-130 Hércules, com capacidade para até 12 mil litros de água, atuando no combate a incêndios em uma área no estado. A imagem foi feita no sábado.
A ação faz parte da Operação Verde Brasil que atua sob o comando da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, com participação dos órgãos estaduais e federais em Rondônia e no Acre.
Desde o início da operação, o Ministério da Defesa divulgou que foram realizados 15 lançamentos de água por meio de aeronave Air Tractor (capacidade para 2.000 litros) e 15 lançamentos com o C-130 Hércules (com capacidade para 12 mil litros).
Nove aeronaves, segundo a FAB, voam hoje para combater as queimadas da Amazônia, que já consumiram 18 mil km². São três helicópteros, um C-130 Hercules e quatro aviões Air Tractor e uma aeronave Caravan.
Os custos dessas ações podem ser altos. Se uma hora de voo com um Air Tractor chega R$ 8.000, com um Hércules pode atingir oito vezes mais, estima o instrutor e piloto de voos agrícolas comandante Antônio Carlos da Silva, de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso.
O sindicato das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) disse que ofereceu, na segunda-feira (26), auxílio para reforçar a frota para combate a incêndios na Amazônia, além de apoio no planejamento e logística na região. Mas outros aviões não podem entrar nas áreas de floresta.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente apenas uma empresa tem permissão para atuar na operação de combate ao fogo na Amazônia. A Americasul Aviação Agrícola, de Goiás, possui convênio com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) por meio de uma licitação.
“Nos estamos ajudando os vizinhos próximos com os aviões agrícolas da região, pois o fogo chegou às lavouras também. Sem contrato e orientação do Exército não podemos ir para outras regiões nem como voluntários, além de arriscado seria arriscado”, afirma o comandante.
O ultimo boletim sobre a situação dos incêndios na Amazônia apontam que houve uma redução dos focos. O fogo estaria ainda mais intenso dentro das áreas indígenas.
Estados como o Mato Grosso pedem que o governo federal envie tropas para a região, pois segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, os bombeiros e agentes estaduais não podem atuar no combate em áreas indígenas. As Terras Indígenas Areões do povo Xavante e Capoto Jarina, dos Caiapós, seriam as mais atingidas, segundo o Inpe.
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