Brasil pede para a Grécia dados de cinco navios suspeitos de vazamento de óleo

Dona do Bouboulina nega que navio seja fonte do petróleo que atingiu o Nordeste

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São Paulo

O Brasil solicitou nesta terça (5) dados de cinco navios para as autoridades gregas, de acordo com nota publicada pela Delta Tankers. A empresa é dona do navio Bouboulina, até então o único suspeito mencionado pela investigação brasileira de provocar o vazamento de óleo que atingiu um terço da costa do país.

O documento enviado pelas autoridades brasileiras teria o seguinte teor: "[...] solicito à Autoridade Marítima do seu país que notifique os navios listados abaixo como suspeitos de derramamento de óleo que surgiram na costa nordeste do Brasil, pois navegaram perto da área afetada durante o período em que se considera que o vazamento ocorreu."

navio-tanque no mar
Minerva Alexandra, um dos navios gregos suspeitos de envolvimento no vazamento de óleo que atingiu a costa brasileira - Krijn Hamelink/Maritime Connector

Os navios gregos suspeitos Maran Apollo (Maran Tankers), Maran Libra (Florian Marine), Boubulina (Delta Tankers), Minerva Alexandra (Minerva Marine) e Cap Pembroke (Euronav), todos navios-tanques direcionados ao transporte de petróleo.

 

De acordo com o comando da Marinha, cerca de 30 navios, de 11 países eram investigados até o final de outubro. Na sexta-feira (1º), o Bouboulina foi apontado como o principal suspeito de ter provocado a tragédia.

"A Delta Tankers realizou uma pesquisa completa do material a partir de câmeras, dados e registros e não há provas de que a embarcação tenha parado, realizado operações [de transferência de óleo] entre navios, ter perdido ou derramado carga, desacelerado ou desviado do curso, no caminho entre Venezuela e Melaka, na Malásia", diz a nota da Delta Tankers.

A empresa afirma que vai colaborar voluntariamente com o Ministério de Assuntos Marítimos da Grécia e com a Marinha do Brasil.

"Como foi relatado pela Delta Tankers na sexta-feira, o navio partiu da Venezuela carregado em 19 de julho de 2019, indo diretamente, sem paradas em outros portos, para Melaka, na Malásia, onde descarregou toda a carga sem perdas", encerra a nota.

Procurada, a Policia Federal, responsável pela investigação do vazamento, disse que não comenta investigações em andamento.

 
 
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