Descrição de chapéu Coronavírus desmatamento

Nove ex-ministros do Meio Ambiente pedem que europeus ajudem na pandemia na Amazônia

Carta endereçada a França, Alemanha e Noruega lista equipamentos e materiais em falta para o tratamento de onda de doentes na região

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São Paulo

Nove ex-ministros do Meio Ambiente do Brasil fizeram um “veemente e emocionado apelo” aos líderes de França, Alemanha e Noruega para que ajudem a população da Amazônia brasileira no enfrentamento da pandemia da Covid-19 e do colapso regional do sistema de atendimento em saúde.

Em carta endereçada ao presidente Emmanuel Macron e às primeiras-ministras Angela Merkel e Erna Solberg, os ex-titulares da pasta declaram que a Amazônia brasileira está sendo devastada por uma “dupla calamidade pública, ambiental e de saúde, que necessita da urgente solidariedade e colaboração de países amigos interessados de forma genuína e desinteressada na solução dos problemas amazônicos”.

O documento é assinado por José Goldemberg, Rubens Ricupero, Gustavo Krause, Izabela Teixeira, José Sarney Filho, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Carlos Minc e Edson Duarte.

Reunião dos ex-ministros do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, Edson Duarte,  Carlos Minc, Rubens Ricupero, José Sarney Filho, Marina Silva e Izabella Teixeira realizada em 8 de maio de 2020
Reunião dos ex-ministros do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, Edson Duarte, Carlos Minc, Rubens Ricupero, José Sarney Filho, Marina Silva e Izabella Teixeira realizada em 8 de maio de 2020 - Rodrigo Capote/Folhapress

Em junho de 2020, o mesmo grupo havia subscrito a outra manifestação pública que denunciava de iminentes retrocessos na legislação sócio-ambiental, promovidos por “excessos e omissões do Poder Executivo federal”.

A carta de junho chamava o governo federal de anticientífico e apontava suas ações na pandemia como responsáveis por transformar “o desafio da Covid-19 na mais grave tragédia epidemiológica da história recente do Brasil”.

Desta vez, os ex-ministros citam as altas cifras de desmatamento e as queimadas florestais ocorridas em 2020 como preâmbulo da tragédia humanitária que assola a região em 2021 com a crise hospitalar no Amazonas e estados vizinhos, destacando como as vulnerabilidades regionais —isolamento, pobreza, falta de infraestrutura— agravam o quadro de seus mais de 30 milhões de habitantes.

E pedem doações de materiais, equipamentos e medicamentos especificados numa lista em que constam cilindros de oxigênio, concentrador de oxigênio, usinas de produção de oxigênio medicinal, equipamentos para a instalação de UTIs, macas e oxímetros.

Os ex-ministros ainda pedem que Macron, Merkel e Solberg sejam intermediários deste pedido de socorro junto aos governos de outros países desenvolvidos.

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