Descrição de chapéu desmatamento

Lalo de Almeida, fotógrafo da Folha, recebe prêmio por trabalho na Amazônia

Ele é o único brasileiro, além de Sebastião Salgado, a receber a bolsa W. Eugene Smith Memorial

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São Paulo

Lalo de Almeida, fotojornalista da Folha, ganhou a bolsa W. Eugene Smith Memorial por seu trabalho na Amazônia. A honraria e o valor de US$ 10 mil (cerca de R$ 55 mil) são concedidos anualmente a profissionais cuja produção siga a tradição fotojornalística de W. Eugene Smith em seus 45 anos de carreira.

Lalo é o segundo brasileiro a receber esse prêmio. Antes dele, Sebastião Salgado havia vencido em 1982.

Jasson Oliveira do Nascimento, morador da Reserva Extrativista Arapixi, no Amazonas, com serra elétrica na mão
Jasson Oliveira do Nascimento, morador da Reserva Extrativista Arapixi, no Amazonas - Lalo de Almeida/Folhapress - 18.mar.2020

"É uma grande honra e uma enorme responsabilidade ser parte da história desse prêmio que perpetua o legado de Eugene Smith e os melhores valores da fotografia humanista", disse Lalo à fundação.

"Numa época em que a floresta amazônica nunca foi tão ameaçada, a bolsa vai ajudar a dar mais visibilidade para o que está acontecendo na região", afirmou.

Seu trabalho, Distopia Amazônica, documenta a ocupação da Amazônia e o impacto disso na floresta e nos habitantes da região. As imagens têm sido publicadas pela Folha na série Amazônia sob Bolsonaro.

Neste ano, Lalo já recebeu outros dois prêmios. Em janeiro, foi reconhecido como o fotógrafo ibero-americano do ano pelo concurso Poy Latam (Pictures of the Year International), uma das mais importantes premiações de fotografia documental da América Latina.

A premiação destacou a cobertura que Lalo fez na Folha dos incêndios que devastaram o Pantanal de agosto a outubro de 2020. As imagens capturadas por ele mostram animais mortos, o esforço dos brigadistas, o impacto e a extensão das chamas no bioma brasileiro.

Em abril, com o trabalho sobre o Pantanal, ele venceu a categoria Meio Ambiente do World Press Photo, a mais prestigiosa premiação de fotojornalismo do mundo.

A fundação W. Eugene Smith Memorial também premiou outras quatro pessoas neste ano, cada uma das quais recebendo a bolsa de US$ 10 mil.

Uma das vencedoras foi Kimberly dela Cruz, com o projeto Morte de uma Nação, sobre o processo de deterioração da democracia nas Filipinas. Ela conta essa história pela perspectiva das pessoas que perderam entes queridos na guerra às drogas.

Outra premiada é Melissa Lyttle, que registrou monumentos aos confederados no sul dos Estados Unidos, que começaram a ser derrubados após a morte de George Floyd.

Cristopher Rogel Blanquet também levou a bolsa. Seu trabalho Veneno Bonito é um projeto de longo prazo sobre o uso irrestrito de agrotóxicos na região de Vila Guerrero, no México.

O quinto premiado foi Nicolo Filippo Rosso, que registrou a jornada de imigrantes e refugiados que fugiram de diferentes países da América Latina.

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