Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Quantidade de microplástico na vida marinha do Rio surpreende biólogos

Pesquisadores dizem que impacto da poluição é muito pior do que temiam

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Sérgio Queiroz
Rio de Janeiro | Reuters

Biólogos que estudam a presença de microplásticos na vida marinha no litoral do Rio de Janeiro descobriram que o impacto da poluição de plástico é muito pior do que temiam.

Os biólogos vestem trajes de mergulho e usam cilindros de oxigênio para mergulhar nas águas cariocas para colher amostras de vida marinha. Eles então medem a quantidade de microplástico encontrado dentro dos organismos em um laboratório.

Homem anda em meio a lixo acumulado em praia às margens da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro - Ricardo Moraes - 16.mar.2022/Reuters

Objetos plásticos que acabam no oceano se partem em pedaços menores e podem uma hora terminar dentro de peixes e outras criaturas, como os ouriços estudados pelos biólogos, disseram os pesquisadores à Reuters.

"Me assustei. Na verdade eu já acreditava que eu iria encontrar [microplástico], só não achava que eu iria encontrar tanto", disse Raquel Neves, bióloga marinha da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que busca os microplásticos com a ajuda de um microscópio.

"O nosso papel como pesquisadores, como academia, é mostrar, é ressaltar, é levantar uma placa e dizer: ‘Está errado, acorda’", disse Neves. "Ainda tem volta, mas daqui a pouco pode não ter mais."

O consumo de plástico descartável aumentou durante a pandemia de coronavírus, segundo a organização não governamental Associação Internacional de Resíduos Sólidos.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.