Descrição de chapéu dinossauro

Fazenda em Miguel Pereira, no RJ, ganhará parque de dinossauros

Terra dos Dinos juntará robôs de animais extintos e ecoturismo; inauguração é prevista para segundo semestre

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São Paulo

Os fãs de "Jurassic Park" finalmente poderão ter um local para passar um dia como o famoso paleontólogo Alan Grant —personagem de Sam Neill no filme— enquanto andam em um parque cheio de dinossauros e tentam sair vivos dali. E o melhor, a cerca de uma hora da zona sul da cidade do Rio de Janeiro.

Trata-se da nova atração no município de Miguel Pereira (a 125 km da capital), a Terra dos Dinos, que promete ser o maior parque de dinossauros do mundo. A inauguração está prevista para o segundo semestre deste ano.

Réplica de crânio de terópode no novo parque
Os visitantes irão encontrar uma réplica de um crânio de terópode na nova atração - Luan Costa

Em uma área reflorestada de 1,4 milhão de metros quadrados (ou 140 hectares) com vegetação tipicamente de mata atlântica, o parque deve abrigar trilhas, atividades como tirolesa e arborismo e outras atrações temáticas, como uma gruta fantasma e a lenda de como um "meteorito caiu no local" e por isso desvendou as criaturas ali enterradas.

Os protagonistas do local temático serão os cerca de 40 modelos animados de dinossauros —chamados animatrônicos— de diferentes espécies distribuídos pelo parque, além de mascotes fantasiados de dinossauros correndo pelas trilhas para criar uma atmosfera de "selva jurássica".

O parque ocupa uma área de uma antiga fazenda na região conhecida como Vale do Café, da serra fluminense, cujo uso anterior era como um lixão a céu aberto. Nos últimos anos, houve um projeto de reflorestamento e recuperação da mata no local, e o lixão foi encerrado.

Segundo Márcio Clare, empreendedor do ramo imobiliário e principal investidor do projeto, a proposta do parque dos dinos é fugir dos locais meramente expositivos que já existem no país. "Não queremos aqueles robôs ou réplicas parados, em fileira, como se fosse para vê-los em um museu. A ideia foi criar uma experiência diferente, por isso as trilhas, os modelos animados, a gruta-fantasma [detalhes da atração serão revelados próximo à data de inauguração]", disse.

A ideia de fazer um parque em Miguel Pereira partiu da própria prefeitura, que buscava uma atração semelhante aos parques de dinossauros de Gramado e Canela, no Sul do país.

De acordo com Clare, que é fã de parques temáticos, nada do que existe da antiga fazenda será destruído, pelo contrário. "Vamos construir tudo em cima das ruínas já existentes, e só colocar as réplicas e os robôs animados dos dinossauros em locais onde não há nada. Não vamos tirar uma árvore sequer, está no contrato com a prefeitura", explicou.

No contrato firmado entre a Prefeitura de Miguel Pereira e os criadores do parque, nenhuma árvore pode ser retirada do espaço por ser um local onde houve um processo de reflorestamento nos últimos anos. Além disso, a própria fazenda, por ser uma área antiga, conta com uma série de restrições e precisa manter parte da estrutura original.

Entre as espécies de dinossauros que terão réplicas no parque está o Tyrannosaurus rex, famoso carnívoro protagonista de "Jurassic Park" (embora o terópode, nome dado aos dinossauros carnívoros do grupo, tenha vivido há 66 milhões de anos, no Cretáceo).

Outros animais incluem representantes da fauna mesozoica da região onde hoje é a América do Sul, como o Argentinossauro, o maior saurópode já descoberto para o continente com 30 metros de comprimento, e o dino brasileiro Gnathovorax cabrerai, representante dos répteis terríveis mais antigos que habitaram a Terra.

Pterossauros, os répteis voadores que colonizaram os céus desde o final do Triássico até o final do Cretáceo, também terão seu papel no espaço. A curadoria dos bichos, aliás, contou com a consultoria científica do diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, o paleontólogo Alexander Kellner.

Por conta disso, a ideia é também trazer informações sobre as diferentes espécies e os momentos em que elas habitaram na Terra.

Clare não revelou quanto já foi investido no projeto, apenas que foi um bom investimento.Segundo ele, o projeto irá incluir ainda atrações tecnológicas, como uso de realidade aumentada e metaverso.

A aposta nos dinossauros, porém, deve se pagar. A expectativa dos empresários —além de Clare, Sávio Neves, presidente do Trem do Corcovado— é de receber até um milhão de visitantes por ano.

"Inicialmente, pensamos em ter um público de 300 a 400 mil pessoas, mas estamos confiantes porque vimos o interesse despertado no público, e ainda nem inauguramos. Estamos aliando ecoturismo, voltado para quem gosta de fazer trilhas na natureza, com atrações temáticas e o roteiro de dinossauros, que nunca envelhece", ri Clare.

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