A vida selvagem no mundo pode estar em mais apuros do que os cientistas reportaram até agora, como sugere uma nova pesquisa publicada nesta quinta-feira (4).
Embora cientistas tenham avaliado o status de mais de 147 mil plantas e animais, há milhares de espécies consideradas com "dados deficientes" para uma avaliação completa.
Como resultado, essas espécies não foram incluídas na lista de espécies ameaçadas ou em risco de extinção, atualizada anualmente pela União Internacional pela Conservação da Natureza (UICN).
Entre as espécies subavaliadas estão a orca, o predador oceânico conhecido como baleia-assassina, ao lado do pichiciego-menor, uma espécie de tatu que vive na Argentina, assim como quase 200 espécies de morcegos em todo o planeta.
Porém, em alguns casos, a ausência de dados em si é um sinal de alerta, sugerindo que as espécies podem ser dificilmente encontradas por causa de declínios em suas populações, de acordo com uma equipe de cientistas internacionais que utilizou dados sobre condições ambientais e ameaças humanas para mapear padrões de perigo de extinção entre espécies avaliadas.
A equipe avaliou então as 7.699 espécies subavaliadas e estimou que cerca de 56% delas estão enfrentando condições que provavelmente as colocam em risco de extinção, diz o estudo, publicado na revista Communications Biology.
Isso é quase o dobro das 28% de espécies globais classificadas como "ameaçadas" pela UICN.
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