Premiê alemão anunciará R$ 172 mi para Fundo Amazônia em visita a Brasília

Recursos serão destinados a projetos de bioeconomia e combate ao desmatamento

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Lisandra Paraguassu
Brasília | Reuters

O premiê alemão, Olaf Scholz, vai oficializar em sua visita ao Brasil, na próxima segunda-feira (30), a liberação de € 31 milhões (R$ 172 milhões) para o Fundo Amazônia, informou nesta sexta (27) o embaixador Kenneth Nóbrega, secretário de Europa do Ministério das Relações Exteriores.

Os recursos serão divididos em duas partes, com € 10 milhões (R$ 55 milhões) destinados a projetos de bioeconomia na região amazônica e outros € 21 milhões (R$ 116 milhões) de euros para ações de combate ao desmatamento.

Em dezembro, depois da confirmação da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Alemanha e a Noruega, principais financiadores do Fundo Amazônia, já haviam se comprometido a liberar novos recursos para o fundo, com a Alemanha prometendo aplicar rapidamente € 35 milhões (R$ 194 milhões).

O governo brasileiro também recebeu a sinalização positiva de outros potenciais doadores, como o Reino Unido, que poderão vir a participar do fundo.

Alemanha e Noruega haviam congelado a liberação de recursos para o Fundo Amazônia em 2019, quando o governo de Jair Bolsonaro levantou suspeitas de irregularidades na atuação de ONGs que recebiam recursos do fundo. O então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, mudou as regras de gestão do fundo sem consultar os doadores, e o fundo ficou em suspenso desde então.

Scholz chega ao Brasil para uma visita oficial de um dia na segunda-feira (30), e a liberação de recursos para o Fundo Amazônia será o principal ato do encontro --primeira visita individual de chefe de Estado que Lula receberá depois da sua posse.

No entanto, um dos temas centrais da conversa deverá girar em torno do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, que o presidente quer ver andar rapidamente. Assinado inicialmente no governo de Jair Bolsonaro, o acordo não foi adiante pela resistência dos europeus à política ambiental de Bolsonaro.

O governo brasileiro quer aproveitar a pausa para rever alguns pontos do acordo comercial, visto como excessivamente benéfico aos europeus, ao mesmo tempo que irá reafirmar os compromissos ambientais exigidos pelos europeus.

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