Descrição de chapéu mudança climática

Fracasso de países ricos em honrar promessa de financiamento climático é 'piada', diz Pnud

Os maiores responsáveis pelo aquecimento global ainda não cumpriram a promessa de fornecer US$ 100 bilhões por ano para ajudar os países em desenvolvimento

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Aftab Ahmed Shivangi Acharya
Bengaluru | Reuters

O fracasso dos países desenvolvidos em cumprirem o compromisso de uma década atrás de pagarem US$ 100 bilhões (R$ 517,8 bilhões) em financiamento climático anual aos países em desenvolvimento é uma "piada", disse Achim Steiner, administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), nesta sexta-feira (24).

As nações ricas, que são as maiores responsáveis pelo aquecimento global, ainda não cumpriram a promessa de 2009 de fornecer US$ 100 bilhões por ano para ajudar os países em desenvolvimento a lidarem com as consequências do aumento das temperaturas globais.

Mulher passa por área inundada do Paquistão, que sofreu com as chuvas de monções em 2022
Mulher passa por área inundada do Paquistão, que sofreu com as chuvas de monções em 2022 - Akhtar Soomro - 16.set.22/Reuters

"Uma piada. Digo isso com toda a honestidade", disse Steiner à Reuters durante uma entrevista nos bastidores de uma reunião do G20 em um resort nas proximidades da cidade indiana de Bengaluru.

"Acho que muitos países deveriam se perguntar se este pode ser um dos erros mais trágicos da história, que 10 anos depois de fazerem tal promessa, o compromisso de US$ 100 bilhões ainda não foi cumprido."

Países vizinhos da Índia no sul da Ásia, Sri Lanka, Bangladesh e Paquistão, buscam resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) devido a uma desaceleração econômica causada pela pandemia de Covid-19 e pelo conflito na Ucrânia.

Steiner disse que os países do G20 precisam decidir sobre a reestruturação da dívida e que descontos devem ser feitos uma vez que 52 países em desenvolvimento estão perto de situações de risco de default ou estresse financeiro.

"Precisamos analisar alguns descontos, precisamos analisar algumas reprogramações e reestruturações", afirmou Steiner.

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