Nova série destaca efeitos das mudanças climáticas na amazônia em meio a seca severa

Reportagem percorrerá regiões afetadas por estiagem, fogo e desmate

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A floresta amazônica vive pelo segundo ano consecutivo uma seca extrema. Diversos rios da região nem se recuperaram das baixas recorde de 2023 e já enfrentam novas vazantes com potencial de isolar regiões e colocar em risco comunidades.

Para mostrar os efeitos da seca, combinados à destruição da floresta por meio de atividades ilegais, a Folha estreia nesta quarta-feira (4) a série Mudanças Climáticas na Amazônia.

Pessoas na beira do rio ao lado da estrutura da ponte; o céu está coberto de fumaça alaranjada
Moradores pescam sob a ponte do rio Madeira em Porto Velho, em meio à fumaça das queimadas que há dias cobre a capital de Rondônia; rio Madeira atingiu o menor nível desde que começou a ser monitorado, em 1967 - Lalo de Almeida/Folhapress

O projeto é apoiado pela Rainforest Foundation Norway. As reportagens, ao longo dos próximos meses, serão realizadas pelo repórter fotográfico Lalo de Almeida e pelo repórter Vinicius Sassine, correspondente da Folha na região amazônica.

Rondônia é o primeiro destino dos repórteres para esta série.

O estado é um dos que integram a Amazônia ocidental, porção que viveu uma baixa inédita dos cursos d'água em 2023. Isso se deu com os rios Negro, Solimões, Madeira e Amazonas, as principais veias aquáticas da região.

A crise climática resultou num isolamento de comunidades tradicionais, que se viram sem água potável, sem possibilidades de transporte, sem medicação básica e sem comida em muitas casas. Houve deslocamentos de famílias inteiras, que se mudaram para pontos de mais fácil acesso às margens de rios.

O cenário em 2024 pode repetir 2023. A amazônia tem uma explosão de queimadas, com ondas de fumaça invadindo cidades e comunidades. É o caso de Rondônia, um dos estados mais desmatados e degradados da Amazônia Legal, onde o fogo e a fumaça ininterrupta por semanas seguidas transformaram a vida das pessoas num martírio, com ar em níveis perigosos à saúde humana.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.