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11/10/2010 - 14h55

Portugal planeja construir eco-cidade com cérebro próprio para tomar decisões

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DA NEW SCIENTIST

Os Emirados Árabes e a China planejam erguer suas próprias eco-cidades (cidades ecológicas), mas a de Portugal deve se tornar a primeira completamente construída até 2015 --a previsão é de que abra as portas já no próximo ano.

Na eco-cidade de Paredes, no distrito do Porto, a água será tratada com energia renovável e os edifícios terão telhados cobertos com plantas para reduzir a temperatura local e também para absorver os poluentes e a água proveniente da chuva.

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Estas são algumas características semelhantes a outras eco-cidades, mas o diferencial da PlanIT Valley, como é chamada a versão portuguesa, será seu cérebro. O complexo utilizará dados coletados por uma rede de sensores, semelhante a um sistema nervoso, para controlar a geração de energia e da água e o tratamento de resíduos como se fosse um "metabolismo urbano", cita o executivo-chefe da empresa responsável pela execução do projeto, Steven Lewis, da Living Planit.

Divulgação
Ilustração mostra como será a eco-cidade de Portugal, chamada de PlanIT Valley, em Parede, no distrito de Porto
Ilustração mostra como será a eco-cidade de Portugal, chamada de PlanIT Valley, em Parede, no distrito de Porto

Sensores em cada um dos prédios serão capazes de medir a ocupação, a temperatura, a umidade e a energia consumida. E essas informações poderão ser usadas para controlar a cidade toda: se um sensor mostrar que ao nível de água está baixo em um edifício, o sistema vai transferir a água de outro prédio que a tenha em excesso.

De acordo com os fabricantes, uma central urbana vai processar todos os dados coletados pelos sistema de sensores --cerca de 5 petabytes diários. E, para prevenir problemas com coletivos, cada prédio terá sua própria unidade computadorizada que funcionará individualmente.

Além disso, a PlanIT Valley terá câmeras de monitoramento que serão capazes de localizar crianças perdidas em shoppings centers, por exemplo, e cruzar dados como roupa e aparência para ver se se enquadram na descrição do pequeno.

Segundo o projeto, a cidade também terá capacidade para reciclar ou transformar em energia 80% do lixo. Com enzimas para estimular micróbios a digerir o lixo, surgirão resíduos que poderão ser fermentados ou destilados em biocombustíveis --e usados em carros ou na geração de eletricidade.

Já os restos que não podem ser digeridos serão aquecidos em um reator a 400 ºC, sem a presença de oxigênio, um processo conhecido como pirólise, para gerar energia ou mesmo fertilizantes.

Nem mesmo a separação de lixo que estamos acostumados a fazer com plásticos e vidros será necessária. Todo material passaria por uma central que eliminaria a contaminação orgânica, resultando em mais material reciclável no final do processo.

 

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