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20/10/2010 - 09h55

Presidente checo diz que aquecimento global não é ameaça

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DA REUTERS

A mudança climática não é uma ameaça ao mundo, e as consequências do aquecimento global não serão catastróficas, disse o presidente checo, Vaclav Klaus, um conhecido cético com relação ao tema.

"O aquecimento global nos últimos 150 anos foi modesto, e o aquecimento futuro e suas consequências não serão perigosos nem catastróficos. Não parece uma ameaça contra a qual devamos reagir", disse ele numa conferência em Londres na terça-feira.

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"Não vejo evidências empíricas de aquecimento global causado por humanos. Vejo muitos erros na metodologia da ciência e dos modelos (de previsão climática)", acrescentou.

Eraldo Peres-24nov.09/AP
"Não vejo evidências empíricas de aquecimento global causado por humanos", disse presidente checo, Vaclav Klaus, nesta semana
"Não vejo evidências empíricas de aquecimento global causado por humanos", disse presidente checo, Vaclav Klaus, nesta semana

Em 2007, Klaus publicou um livro argumentando que o aquecimento global se tornou uma nova religião, uma ideologia que ameaça a liberdade e a ordem econômico-social do mundo.

Muitos analistas e cientistas dizem que este deve ser um dos anos mais quentes já registrados no planeta, e os governos do mundo estão tentando restringir suas emissões de gases do efeito estufa com base em previsões científicas sobre a elevação das temperaturas e do nível dos mares.

TEMPERATURAS

Nos quatro primeiros meses de 2010, a temperatura das terras e oceanos foi a mais alta já registrada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos: 13,3 ºC e 0,69 ºC acima da média do século 20.

Mas a opinião pública reluta em agir incisivamente no combate à mudança climática, especialmente depois do fracasso da conferência climática de Copenhague, em 2009, na adoção de um tratado que obrigue os países a adotarem providências.

Escândalos envolvendo dados errados em relatórios científicos também tiveram um impacto sobre a mobilização global contra o aquecimento.

Klaus disse que o debate sobre a ameaça climática está distorcido, sujeito a propaganda e é usado por governos e lobistas para obter mais poderes.

Ele argumentou que nos últimos 10 mil anos o clima mundial tem sido praticamente igual ao atual.

"As temperaturas médias da superfície não variam significativamente. Se há uma tendência de longo prazo, é uma ligeira tendência geral de resfriamento", disse o presidente.

Ele criticou instituições como a Real Sociedade britânica, que publicou em setembro um guia científico para leigos sobre a mudança climática.

"Não fico impressionando com essas instituições científicas britânicas tão tendenciosas", afirmou.

 

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