Obama emite tanto CO2 quanto Hu Jintao, Calderón e Lula juntos

O presidente dos EUA, Barack Obama, emitiu em 2010 tanto dióxido de carbono (CO2) quanto seus colegas chinês Hu Jintao, o mexicano Felipe Calderón e o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva juntos, segundo uma classificação divulgada nesta quarta-feira no site da revista francesa "Terra Eco".

Cinco dias antes da cúpula climática em Cancún, no México, a publicação indica que, entre 1º de janeiro a 31 de outubro de 2010, os deslocamentos do presidente norte-americano emitiram "quase 20 mil toneladas de CO2", um dos principais gases de efeito estufa.

Acompanhe a Folha no Twitter
Conheça a página da Folha no Facebook

"Percorrer os 50 Estados a bordo do Air Force One, um Boeing-747, tem consequências para o ambiente", afirma o "Terra Eco" em seu artigo, antes de comparar as emissões do presidente americano com seu colega brasileiro, que este ano também esteve em campanha eleitoral.

Michael Reynolds/Efe

Deslocamentos de Barack Obama representam "quase 20 mil toneladas de CO2"; Lula entrou em cálculo de revista

"Lula da Silva viajou este ano no Brasil mais que Obama nos Estados Unidos, mas felizmente o presidente brasileiro se desloca de jato, quase uma bicicleta em comparação com o Air Force One!", assegura a revista especializada em desenvolvimento sustentável.

E diz ainda que "a maratona de Lula para favorecer a eleição de Dilma Rousseff emitiu 7.033 toneladas de CO2".

Apenas acima do chefe de Estado brasileiro e com 7.120 toneladas de CO2, se situa o presidente mexicano Felipe Calderón, anfitrião da cúpula de Cancún, que, para defender seu Partido de Ação Nacional (PAN, conservador) nas eleições para governadores em 12 Estados, se deslocou 72 vezes. "Um recorde!", segundo o Terra Eco.

Na classificação de emissões de CO2, em seguida estão o presidente chinês, Hu Jintao, com 7.025 toneladas, Angela Merkel, a chanceler alemã, com 5.138 toneladas de CO2, e o presidente francês Nicolas Sarkozy, com 2.900 toneladas.

Mais de 190 países se reunirão em Cancún a partir do próximo dia 29, até 10 de dezembro, para tentar conseguir um acordo sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa, um ano depois da fracassa Cúpula de Copenhague.