Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/03/2011 - 17h33

Secretário-geral da CNBB critica projeto de novo Código Florestal

Publicidade

JULIANA ROCHA
DE BRASÍLIA

O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, lançou críticas ao novo Código Florestal, que está em discussão no Congresso.

Dom Dimas disse nesta quarta-feira que a CNBB se preocupa com alguns pontos do texto em tramitação, entre eles a anistia para pessoas que cometeram crimes ambientais e a redução dos limites ambientais. Ele acrescentou que o novo código ambiental deveria tratar com mais respeito as populações ribeirinhas, povos indígenas e quilombolas.

"Estamos trabalhando para discutir formas alternativas ao relatório [do novo código]. Nossa preocupação é que não seja votado de forma superficial, apressada", afirmou Dom Dimas.

O relator do novo código florestal em tramitação na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), admitiu que o texto pode ser aperfeiçoado. Mas ele defendeu que a proposta atual protege os ribeirinhos e indígenas ao reduzir a área de preservação ambiental na beira dos rios. Segundo o deputado, pela legislação atual, as populações ribeirinhas são consideradas ilegais.

O deputado defende ainda que a votação não seja adiada. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), já prometeu colocar o tema em votação até o fim desse mês.

"Nós não temos pressa. A pressa é dos 5 milhões de pequenos agricultores que estão na ilegalidade [com a legislação em vigor]", disse Rebelo.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

A CNBB lançou hoje a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é preservação ambiental, contra o aquecimento global. A campanha terá o objetivo de promover o debate sobre as razões das mudanças climáticas e suas consequências, como as tragédias ambientais.

Dom Dimas afirmou que, na campanha, a CNBB pretende fazer críticas aos setores que contribuem com o aumento do efeito estufa. Foram citados o agronegócio e a geração de energia suja, como petróleo, gás natural e carvão. Com esse tema, a CNBB também criticará a exploração de petróleo no pré-sal.

A Campanha da Fraternidade também deve ajudar abordar a educação ambiental nas comunidades. Dom Dimas citou o exemplo de ensinar a população a não jogar lixo nas ruas, fazer coleta seletiva de lixo e optar pelo uso de energias mais limpas, como a solar.

"A campanha da fraternidade tem sido caracterizada pela sua capilaridade, o que contribui para a penetração do assunto abordado e sua reflexão", disse Dom Dimas.

Uma das ações da campanha é a Coleta da Solidariedade em comunidades, paróquias e dioceses. O dinheiro doado será destinado ao Fundo Nacional da Solidariedade e ao Fundo Diocesano da Solidariedade. Um parte dos recursos será destinada a ajudar as vítimas das chuvas na região serrana do Rio.

A Coleta da Solidariedade será feita em apenas um dia, marcado para 17 de abril.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página