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07/04/2011 - 15h45

Presidente da Câmara cobra governo sobre Código Florestal

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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), cobrou nesta quinta-feira uma definição do governo sobre o Código Florestal. Ele disse que, sem isso, fica difícil os deputados votarem o projeto, relatado pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).

"Precisamos que os ministros entrem em consenso. Se em um assunto como a revisão do Tratado de Itaipu, em que havia unidade na base, tivemos que ficar até tarde discutindo, imagina no caso do Código Florestal", disse.

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A divergência no governo acontece principalmente entre os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O primeiro apoia o texto de Rebelo e quer votá-lo imediatamente. Já Izabella tenta mudar o relatório.

Maia reafirmou hoje que a proposta só vai ao Plenário após a comissão especial que analisa o assunto ser finalizada. Antes do final da semana que vem isso não deve acontecer.

O presidente da Câmara deu essa declaração após se reunir com representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira, entidades de ambientalistas também fizeram manifestações em Brasília.

"A sociedade brasileira exige do Congresso e da presidente que este relatório nefasto não seja aprovado, e que em seu lugar seja colocado um texto que interessa a todos os brasileiros, ou seja, que não diminua a proteção de áreas ambientalmente importantes, mas que crie condições para que elas sejam efetivamente protegidas", afirma documento entregue para o presidente da Câmara.

Editoria de Arte/Folhapress

OPOSIÇÃO

Cientistas da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e da ABC (Academia Brasileira de Ciências) são contra o novo texto. Segundo eles, a lei atual dá menos proteção a áreas de preservação permanente, como matas em margens de rio.

Tanto essas áreas quanto as reservas legais precisariam ser mantidas e recompostas para o bem da própria atividade agrícola, dizem, porque culturas como o café, soja e maracujá, por exemplo, dependem de 40% a 100% dos polinizadores que se abrigam nesses locais.

O grupo afirma que o Brasil tem terras de sobra para a expansão da agropecuária, bastando para isso mudar a política agrícola, e que também é possível recuperar as áreas desmatadas de forma irregular.

O deputado federal e relator do projeto, Aldo Rebelo, falou no Senado que a ciência foi omissa no debate sobre o Código Florestal. "A ciência está equivalente ao Parlamento em sua omissão", afirmou numa audiência pública no último dia 28.

 

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