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03/05/2011 - 15h52

Câmara não recebeu sinal para parar votação de lei florestal

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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse nesta terça-feira que não recebeu nenhum sinal do governo para que não coloque em votação o novo Código Florestal.

Segundo Maia, em uma conversa no início da tarde, o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) disse que o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) precisa de ajustes, mas não fez nenhuma orientação para que o texto não seja analisado pelo plenário da Casa.

A votação está prevista para ocorrer até amanhã. Os líderes partidários devem se reunir nas próximas horas para decidir a pauta de votações e analisar se o texto do Código Florestal continuará entre os itens.

O presidente da Câmara vai propor que os deputados comecem a discutir o relatório de Aldo hoje e só votem a matéria amanhã. Isso permitiria que os deputados apresentassem emendas propondo mudanças no relatório até amanhã.

"A opinião que ele [Palocci] me disse é que o relatório do Aldo avançou muito, mas precisamos ajustar ponto. Não houve nenhuma posição de não vote ou deixe de votar", disse.

Ivan Luiz/Arte

A avaliação na Casa Civil, que vem capitaneando a discussão sobre o código dentro do governo, é de que todo o acordo costurado após uma sequência de reuniões de representantes do governo e líderes de partidos da base aliada com Aldo não foi cumprido. O governo se movimenta agora para impedir que o texto siga para o plenário da Casa do jeito que está.

Maia saiu em defesa do texto de Aldo e afirmou que será difícil construir um texto com "consenso absoluto".

"Não estão 100% ajustado, mas se falar com ambientalista vão dizer que não está [ideal] e se falar com agronegócio vão dizer que não esta. Acho que essa coisa é um bom sinal de que Aldo fez um relatório na média, sem privilegiar ou defender o setor especifico. O que nós temos que nos dar conta é que um projeto dessa envergadura não vai ter consenso absoluto", disse.

O presidente da Câmara disse que se a maioria dos lideres optar por adiar a votação, acatará a decisão.

"Vou me encontrar com os lideres e nessa reunião vamos discutir o procedimento. Se tiver movimento de todos os líderes no sentido de dar um tempo maior, vamos dialogar. Se houver entendimento para entrar na pauta, vou encaminhar ", disse.

SEM PROTESTO

Um grupo de ativistas do Greenpeace tentou iniciar na tarde de hoje um protesto contra a votação do novo Código Florestal. Os manifestantes colocaram uma faixa no gramado em frente ao Congresso com os dizeres: "Congresso desliga a motosserra".

A segurança da Câmara, no entanto, retirou a faixa. Pela manhã, policiais da Casa pediram que quatros estudantes da UnB (Universidade de Brasília) se retirassem das dependências do prédio depois que eles circularam pelos corredores com cartazes pedindo o arquivamento do projeto que estabelece o novo Código Florestal.

 

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