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Geleira declarada morta na Islândia recebe memorial neste domingo (18)

Cientistas usam ação para gerar conscientização sobre mudanças climáticas

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Jérémie Richard
Reykjavík | AFP

Uma placa para homenagear a primeira geleira declarada morta na Islândia será inaugurada neste domingo (18).

O gelo de Okjokull, também conhecida como Ok, cobria 17 quilômetros quadrados em 1890. Em 2012, a área caiu para 0,7 quilômetros quadrados, segundo dados da universidade da Islândia. A geleira ficava no topo de uma montanha vulcânica localizada no oeste do país. 

A morte de Okjökull

Em 1901, a geleira tinha cerca de 38 km². Em 1978, havia sobrado apenas 3 km². Hoje, há menos de 1 km². A imagem mostra a geleira em 1986 e em 2019. - Nasa

"Esse vai ser o primeiro monumento para honrar uma geleira desaparecida devido a mudanças climáticas no mundo", disse Cymene Howe, professora de antropologia da Universidade Rice (EUA), que lançou o projeto.

Com a placa que traz uma mensagem para o futuro, os cientistas esperam conscientizar a população com relação ao desaparecimento das geleiras e aos efeitos das mudanças climáticas.

"Ao lembrar um glaciar perdido, queremos ressaltar o que está desaparecendo —ou morrendo— no mundo inteiro e chamar a atenção para o feito alcançado pelos homens, apesar de que não deveríamos ter orgulho dele", afirmou Howe citada em um comunicado. 

“Ok é a primeira geleira da Islândia a perder seu status. Nos próximos 200 anos, todas as nossas geleiras devem ter o mesmo destino. Com este monumento reconhecemos que sabemos o que está acontecendo e o que precisa ser feito. Só você saberá se o fizemos”, diz a placa. - Rice University

"As discussões sobre mudanças climáticas podem ser muito abstratas, acompanhadas de numerosas estatísticas catastróficas e de modelos científicos complexos e incompreensíveis. Um monumento em memória de uma geleira desaparecida pode ser um bom meio para entender o que estamos enfrentando hoje", disse.

Segundo a cientista e o pesquisador Dominic Boyer, a Islândia perde cerca de 11 milhões de toneladas de gelo por ano. O temor dos cientistas é que as quase 400 geleiras do país desapareçam nós próximos 200 anos.

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