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Peru decreta estado de alerta por incêndios na Amazônia brasileira

Cidades peruanas fronteiriças ao Acre sofrem com a fumaça vinda do Brasil e Bolívia

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Lima (Peru) | AFP

O governo do Peru decretou nesta quinta-feira (22) estado de alerta para suas florestas na fronteira com o Brasil e a Bolívia. O receio é de que se propague o incêndio que há mais de duas semanas consome a Amazônia no território brasileiro. 

"No estado de alerta, mais de 200 guardas e bombeiros florestais. Agentes florestais monitoram minuto a minuto o estado de emergência do incêndio da Amazônia do Brasil e Bolívia", informou o governo em rede social.

A Defesa Civil enfatizou que as chamas de incêndio florestal no Brasil ainda não chegaram ao território peruano. Mas o alerta coincide com o anúncio de que a fumaça dos incêndios no Brasil ingressaram na região peruana da Amazônia conhecida como Madre de Dios, vizinha ao estado do Acre. 

Os povoados peruanos de Iñapari e Iberia, na província de Tahuamanu, e a cidade de Tambopata também estão entre as localidades afetadas pela fumaça. 

"A fumaça não tem fronteiras, a saúde pode ser afetada", advertiu a ambientalista Mercedes Perales. 

O ministério do Ambiente indicou estar monitorando a situação permanentemente para tomar ação. 

Autoridades peruanas como o Servicio Nacional de Áreas Naturales Protegidas marcaram suas publicações com hashtags como #amazonasenllamas (Amazônia em chamas, em espanhol).

Imagens de monitoramento captadas por satélites mostram nuvens de fumaça originadas pelas megaqueimadas que se espalharam pelo Brasil entre a tarde de domingo (18) e a manhã desta quinta (22).

Dados do Sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que emite alertas diários de áreas desmatadas para ajudar na fiscalização, indicam que o desmatamento na Amazônia cresceu 50% em 2019. Julho foi o pior mês da série histórica, com 2.254 quilômetros quadrados (km²) de alertas – alta de 278% em relação a julho do ano passado. 

De agosto de 2018 a julho de 2019, o Deter apontou 6.833 km² desmatados, contra 4.572 km² no ano passado (agosto de 2017 a julho de 2018). A taxa oficial da destruição será dada no fim do ano pelo sistema Prodes, também do Inpe. 

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