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Com tempo quente e seco, fogo castiga biomas do país

Amazônia, cerrado, Pantanal e mata atlântica têm, em 2020, meses com níveis acima da média de focos de incêndio

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São Paulo

Em um ano aparentemente apenas um pouco mais quente do que 2019, as queimadas seguem presentes nos diversos biomas brasileiros. Os casos mais representativos do fogo em 2020 estão em curso na Amazônia, como de costume, e no Pantanal.

O fogo na Amazônia, em grande medida associado ao desmatamento, teve nos 17 primeiros dias do mês crescimento de quase 80% ante o mesmo período de 2019.

Além disso, setembro de 2020 já registra um número maior de queimadas do que o mês todo de 2019, ano marcado pelas queimadas no bioma.

O Pantanal tem o pior setembro da história e caminha para ter o maior número de incêndios já registrado. A região passa pela sua seca mais grave em 60 anos, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nacionais).

Depois da Amazônia, o cerrado é o segundo bioma com maior número de focos de fogo neste ano, 40.314 até 17 de setembro. O mês, até o momento, tem registro de fogo maior que em 2019. Pelo menos quatro meses no ano tiveram número de focos acima da média histórica.

Até a mata atlântica viu números elevados de queimadas —seis meses do ano tiveram níveis acima da média histórica. Os maiores problemas são balões e limpeza de pastos que saem de controle (assim como em outros biomas), segundo Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.

É normal haver mais atividade de fogo nessa época, mais seca. Segundo José Marengo, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Cemaden, 2020 parece, até agora, comparável a 2019, mas com temperaturas um pouco maiores e com verão com menos chuvas —fortes, concentradas em poucos dias.

Mantovani afirma que a situação deve servir como alerta para todos os biomas, que devem se preparar. “A questão do fogo veio pra ficar”, afirma.

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