Saiba quais foram algumas das maiores rebeliões em presídios do Brasil

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Uma rebelião deixou pelo menos 26 pessoas presos mortos no Rio Grande do Norte nos dias 14 e 15 na Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal. É uma das maiores matanças em presídios do Brasil.

Veja a seguir algumas das rebeliões que deixaram mais mortos em presídios brasileiros.

 

1992 - Massacre do Carandiru, São Paulo (SP) - 111 mortos

No dia 2 de outubro de 1992, uma briga deu início a um conflito generalizado no pavilhão 9 do Carandiru. Forças policiais invadiram o local e mataram 111 presos, cada um com uma média de cinco tiros. Nenhum policial morreu. Os detentos sobreviventes ainda foram obrigados a tirar as roupas e passar por um corredor polonês formado por PMs. Depois, foram convocados para ajudar a empilhar os corpos.

Crédito: Niels Andreas - 2.out.1992/Folhapress Corredor alagado de sangue no pavilhão 9 do Carandiru, após intervenção da PM para conter rebelião

2017- Massacre em Manaus, Amazonas - 67 mortos

Em uma semana, rebeliões em Manaus deixaram pelo menos 67 mortos. A maior parte morreu após rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim –primeiro, o governo informou que eram 56 mortos, mas mais três corpos foram encontrados uma semana depois. No dia seguinte, mais quatro detentos morrem na Unidade Prisional de Puraquequara (UPP), também em Manaus. Seis dias depois, uma rebelião na cadeia de Raimundo Vidal Pessoa deixou quatro mortos.

2017 - Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, Boa Vista (RR) - 33 mortos

Quatro dias após a morte de 60 detentos em duas penitenciárias de Manaus (AM), outros 33 presos foram assassinados na madrugada do dia 6, desta vez no maior presídio de Roraima, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo –o governo divulgou uma lista com 31 mortos, mas encontraram mais dois enterrados no dia seguinte à rebelião.

2004 - Casa de Custódia de Benfica, Rio de Janeiro (RJ) - 31 mortos

Em uma das rebeliões mais violentas das últimas décadas, 30 presos foram mortos na casa de custódia de Benfica, no Rio, em maio de 2004. Na batalha entre duas facções criminosas, que durou 61 horas, foi assassinado também um agente penitenciário. Os cadáveres foram encontrados aos pedaços, o que chegou a dificultar a contagem e a identificação das vítimas.

Crédito: Felipe Varanda - 30.mai.2004/Folhapress Presidiários da Casa de Custódia de Benfica olham através das grades durante motim, no Rio de Janeiro

1987 - Penitenciária do Estado, São Paulo (SP) - 31 mortos

Em 29 de julho de 1987, os detentos simularam uma briga no pavilhão 3 da Penitenciária do Estado e fizeram 70 reféns. A entrada da PM para conter o motim gerou 31 mortes.

Crédito: Antônio Gaudério - 5.fev.2003/Folhapress Presos da penitenciária do Estado (Carandiru) trabalham enquanto cumprem suas penas

2002 - Presídio Urso Branco, Porto Velho (RO) - 27 mortos

Em janeiro de 2002, 27 presos foram mortos –um deles decapitado–, no presídio Doutor José Mário Alves da Silva, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO). As mortes em Urso Branco ganharam repercussão internacional pela brutalidade, que envolveu casos de decapitação, choque elétrico e enforcamento.

Crédito: J. Gomes - 2.jan.2002/Diário da Amazônia Familiares dos presos aguardam notícias na frente da penitenciária Urso Branco durante rebelião

2017 - Penitenciária de Alcaçuz, Nísia Floresta (RN) - 26 mortos

Dando sequência à crise penitenciária do começo de 2017, um motim deixou pelo menos 26 mortos na Penitenciária de Alcaçuz, a maior do Rio Grande do Norte. Todos os corpos foram decapitados ou carbonizados.

2013 - Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA) - 60 mortos

Em 2013, série de rebeliões deixou 60 mortos, parte deles decapitados, no complexo prisional de Pedrinhas, na capital maranhense.

Crédito: Marlene Bergamo - 6.jan.2014/Folhapress Grupo de detentos em um cela em presídio do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA)

1989 - 42º Distrito Policial de São Paulo (SP) - 18 mortos

Em 5 de fevereiro de 1989, após tentativa de rebelião no 42º DP, na zona leste, cerca de 50 detentos foram colocados em uma cela de 1m x 3m, na qual foi lançado gás lacrimogêneo: 18 presos morreram asfixiados e 12 foram hospitalizados.

Crédito: Andre Vicente - 5.nov.2009/Folhapress 42º DP, de Parque São Lucas, na zona leste de São Paulo

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