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Andar à noite pelo centro de São Paulo está mais perigoso. Falta luz em quarteirões inteiros, em praças, em canteiros centrais, e em saídas de estação de metrô, o que acaba colocando em risco a segurança de pedestres e de motoristas.
Na Santa Ifigênia, ao menos oito ruas visitadas pela reportagem, incluindo a que dá nome à região, têm pontos completamente sem luz de rua.
"Tem muito usuário de drogas circulando à noite. Eles furtam os fios e acabam deixando vários quarteirões apagados. Parece que o poder público é impotente em relação a essa situação, porque é assim há vários anos", diz o ambulante Antônio Amaro Marcondes, 37.
Na saída da estação Marechal Deodoro, a rua e a praça Amaral Gurgel ficam às escuras. Somente as luzes dos comércios do entorno iluminam a região. Sob o Minhocão, situação semelhante é encontrada.
"É péssimo. A gente sai do metrô bem iluminado e chega a ficar cego por alguns momentos, tamanha é a diferença da iluminação. E claro que é perigoso, todo dia eu tenho medo de ser assaltada aqui", afirma a administradora de empresas Francisca Abreu, 41. "Está assim há uns dois meses."
Na Bela Vista, os problemas são mais pontuais. A rua Fortaleza tem postes com lâmpadas apagadas e metade da rua está no escuro.
Outras vias com problemas frequentes são as avenidas Barão do Rio Branco e Duque de Caxias, nos trechos próximos à área da cracolândia, onde há concentração de dependentes químicos. Com frequência há trechos de várias quadras às escuras.
A reportagem chegou a flagrar usuários de drogas arrancando fios de um acesso de serviço na região.
Outro lado
O Ilume (Departamento de Iluminação), da gestão João Doria (PSDB), afirmou em nota que enviaria equipes aos endereços apontados pela reportagem.
Segundo o órgão, os serviços seriam concluídos ainda no fim de semana.
A Secretaria de Segurança Pública, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que a Polícia Civil investiga os casos de furtos de fios.
O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) faz vistorias em estabelecimentos de comércio de sucatas e materiais recicláveis, para combater o crime de receptação.
De acordo com a Polícia Militar, rondas são realizadas nessas regiões.