Mortes: Criminalista respeitado em Brasília, foi ministro do TSE
Defendeu políticos dos mais variados partidos e empregou José Dirceu
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"De juiz, eu não cobro. Eles não ganham o suficiente para te pagar. Se tiver dinheiro, melhor largar o caso". A frase, em típico tom de brincadeira, foi dita à Folha, no ano de 2014.
Na ocasião, o advogado José Gerardo Grossi relatava por que decidiu não cobrar honorários do então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que precisou de seu auxílio para uma interpelação.
O tom brincalhão e bem-humorado foi uma das muitas marcas de Grossi, um dos mais conhecidos criminalistas de Brasília.
Nascido em Abre Campo (MG), formou-se em direito pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Seguiu os passos do pai, que era advogado e dono de cartório.
Mudou-se para Brasília nos idos de 1964, quando a cidade vivia seus primeiros anos. No período da ditadura, Grossi foi promotor, mas teve o cargo cassado pelo regime.
Também foi professor de direito da UNB (Universidade Federal de Brasília), conselheiro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em Brasília, defendeu políticos dos mais variados partidos: Antonio Carlos Magalhães (do extinto PFL), José Roberto Arruda (PR), Eduardo Azeredo (PSDB) e o ex-presidente Lula (PT).
Foi Grossi quem empregou José Dirceu em seu escritório quando ele cumpria pena pelo mensalão, em 2014.
Morreu no dia 9, aos 85, vítima de um câncer de pulmão. Deixa a esposa, Adelaide, sete filhos, 11 netos e dois irmãos.
A missa de sétimo dia acontece nesta quarta (16), às 20h, na igreja de Santo Antônio, na Asa Sul, em Brasília.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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